Meio Ambiente

Prefeitura firma acordo de preservação com 15 fazendeiros do Guariroba

Liana Feitosa | 12/03/2015 11:24
Segundo Pimentel, o programa já investiu mais de R$ 1 milhão em ações de preservação ambiental. (Foto: Marcelo Calazans)
Segundo Pimentel, o programa já investiu mais de R$ 1 milhão em ações de preservação ambiental. (Foto: Marcelo Calazans)

O edital da fase III do Programa Manancial Vivo, que atende produtores rurais das bacia do Guariroba e Saltinho, foi lançado nesta manhã (12). Segundo Rodrigo Gonçalves Pimentel, da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais, até hoje o programa investiu mais de R$ 1 milhão em ações de preservação ambiental e R$ 118 mil em contratos de PSA (Pagamento por Serviços Ambientais).

Recursos - Essas medidas são ações de manejo adotadas em propriedades rurais com o principal objetivo de preservar a bacia que abastece Campo Grande. Segundo Pimentel, outros R$ 2 milhões estão disponíveis para novos contratos que pretendem evitar a degradação de nascentes e rios que compõem a APA (Área de Preservação Ambiental) do Guariroba.

A verba é disponibilizada pela prefeitura, mas também conta com importante subsídio da ANA (Agência Nacional de Águas). Entre as ações de manejo estão a construção de curvas de nível, cercamento e proteção das nascentes e mudança no sistema de bebedouros para o gado nas propriedades, evitando o pisoteamento de áreas responsáveis pelo abastecimento da foz do Guariroba.

Contratos - Graças ao Manancial Vivo, 40% dos custos do produtor rural com um projeto de preservação é custeado pelo programa. O primeiro edital do projeto permitia contrato com 15 produtores rurais, mas apenas sete foram firmados.
No entanto, devido às vantagens do projeto, 22 interessados se inscreveram para o 2º edital e 15 contratos foram firmados, número mantido no lançamento desta 3ª fase.

Para o titular da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Heitor Pereira, a Capital esta se antecipando aos problemas, evitando a falta d'agua. "Temos que trabalhar enquanto há tempo. Não dá para agirmos somente quando surgir a situação de extrema necessidade, como temos visto em São Paulo", afirmou.

Produção - Segundo o pesquisador Teodorico Sobrinho, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), atualmente a foz do Guariroba produz uma média de 5 mil litros de água por segundo. "Mas já tivemos números maiores e podemos duplicar essa quantidade. Para isso, precisamos recuperar e preservar", explicou.

Um dos caminhos é controlar a quantidade de sedimentos que vão parar no lago da represa do Guariroba. "Por dia, 29 toneladas de sedimentos são carregados pela calha do rio e se depositam na barragem, conta o pesquisador. Segundo Sobrinho, os sedimentos diminuem a lâmina d'água, diminuindo também a vazão.

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