Meio Ambiente

Passados quatro meses, fogo continua "nascendo" no chão em mata no Silvia Regina

Laudo consta que a entrada de oxigênio nas rachaduras do solo em contato com folhas causam os incêndios

Mirian Machado | 05/09/2021 12:00
Fumaça saindo da terra. (Foto: Kísie Ainoã) 
Fumaça saindo da terra. (Foto: Kísie Ainoã) 

Há pelo menos 4 meses, o incêndio subterrâneo em meio a mata nativa às margens da Avenida João Júlio Dittmar continua e preocupa moradores no Bairro Silvia Regina, em Campo Grande. À reportagem, moradores apresentaram um laudo da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), que detalha a análise feita no local e sugere que sejam acionadas instituições de pesquisa para um estudo e diagnóstico da situação.

Em julho, o Campo Grande News noticiou que o fogo surge debaixo do solo e além de queimar a vegetação, tem derrubado árvores, porém a situação que já durava dois meses, não teve solução ainda.

Em vídeo, era possível ver uma rachadura no solo e de lá, uma fumaça saindo. Assim seguem outros pontos na mesma região.

Morador do bairro, Gino Dolores, de 46 anos, contou que a preocupação já dura anos e já tentou com vários órgãos públicos uma solução. A área queimada já percorreu mais de 100 metros da avenida. “É triste e preocupante. A gente vê animais correndo do fogo, cutia, quati e nada para resolver”, reclamou Dolores.

Durante vistoria da Semadur no mês julho, foi constatado que no local, há grande quantidade de formigueiros, o que facilita a aeração das camadas mais profundas do solo, assim como a entrada de matéria orgânica como galhos e folhas das árvores e com as raízes superficiais facilita a entrada de oxigênio. “A combinação desses fatores pode favorecer a ocorrência de incêndios subterrâneos”, diz o laudo.

“Esse tipo de incêndio é complicado de combater, pois o fogo desce para a raiz da árvore e fica invisível”, explicou na época o tenente coronel Ednilson Queiroz da PMA (Polícia Militar Ambiental).

O relatório da Semadur sugere a realização de um estudo mais detalhado na área.

Gino Dolores, de 46 anos, morador do Silvia Regina diz que preocupação já dura anos. (Foto: Kísie Ainoã)


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