Meio Ambiente

Número de infrações por incêndios florestais diminuíram 56% em 2022

Ao todo foram 1.038 casos que resultaram em R$ 23,6 milhões em multas ambientais

Natália Olliver | 07/01/2023 14:35
Número de incêndios diminuiram em Mato Grosso do Sul em 2022 (Foto: PMA)
Número de incêndios diminuiram em Mato Grosso do Sul em 2022 (Foto: PMA)

Mato Grosso do Sul registrou uma queda significativa de 56% no registro de multas originadas de casos de grandes queimadas nas áreas verdes do Estado em 2022. Durante o período foram notificados 1.038 autos de infração, que somaram R$ 23,6 milhões em multas ambientais. 

Na comparação com o mesmo recorte de 2021, a quantidade foi de R$ 53,2 milhões, em um total de 1.265 autuações. Os dados são da PMA (Polícia Militar Ambiental).

De acordo com o tenente-coronel Ednilson Queiroz os valores da multa são diversos e correspondem à gravidade do crime praticado contra a flora e fauna. "As multas aplicadas podem ser de R$ 5 mil e chegar a R$ 50 milhões, dependendo do grau de danos causados e avaliados pelos policiais no momento da autuação", disse. 

Para o chefe da Comunicação da PMA, Queiroz, a redução aconteceu após a polícia colocar em prática a operação Prolepse, que preveniu incêndios urbanos e rurais. Ele também frisou que os valores maiores observados em 2021 devem-se às várias infrações de grandes áreas queimadas, com valores de multas muitos altos, as quais foram reduzidas em 2022. 

Ainda conforme o policial ambiental, em 2021 houve duas grandes multas que totalizaram aproximadamente R$ 38 milhões, valor que contribuiu com o total de registros no ano.

Crimes - O balanço divulgado pela PMA revelou que crimes contra a flora, relativos à pesca, poluição do ambiente e fauna são os que mais frequentes. As demais infrações são referentes ao transporte irregular de produtos perigosos, contra o ordenamento urbano e a administração ambiental.

Prevenção de incêndios - Um dos recursos utilizados pela PMA são os estudos do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) que preveem os períodos de maior probabilidade de surgimento dos focos de incêndio.

 A redução de áreas afetas no Cerrado foi de 83% no período crítico de seca, enquanto no Pantanal foi de 61%, comparando ao mesmo período em 2021.

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