Meio Ambiente

MS concentra piores índices de baixa umidade no País

Costa Rica foi a cidade mais seca em todo Brasil, outros 7 municípios estão na lista

Ana Oshiro | 14/07/2021 07:28
Tempo seco favorece queimadas em todo Estado e é preciso atenção com a saúde (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Tempo seco favorece queimadas em todo Estado e é preciso atenção com a saúde (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Oito cidades de Mato Grosso do Sul estão na lista dos 20 municípios que tiveram os piores índices de umidade relativa do ar nesta terça-feira (13), conforme divulgado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) nesta quarta-feira (14).

Entre as cinco primeiras cidades, quatro são de MS. No ranking do Inmet, Costa Rica ficou em primeiro lugar, com 15% de umidade, seguida da capital do Estado Mato Grosso, Cuiabá, com o mesmo índice. Em seguida as cidades mais secas foram Corumbá, Água Clara e Rio Brilhante.

Com baixa umidade relativa do ar, orientação da Defesa Civil é para tomar muito líquido durante todo o dia (Foto: Divulgação)

Campo Grande está na décima segunda posição, com índice de 19%. Também estão na lista as cidades de Cassilândia, em oitavo lugar e índice de 18%. Quase no fim da lista estão Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, em 16º e 17º lugares respectivamente, ambas as cidades tiveram umidade relativa do ar em 19% nesta terça-feira.

De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) o tempo seco deve continuar em todo Estado, com índices entre 15% e 30% na tarde desta quarta-feira. A baixa umidade se deve a um bloqueio atmosférico que está impedindo a formação de nuvens de chuva em MS.

Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, as queimadas podem aumentar na próxima semana, "temperatura baixa e umidade relativa em queda são condições ideais para fogo no Pantanal e no norte do Estado", disse Natálio.

Atenção - Conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde), índices de umidade relativa do ar entre 21% e 30% caracterizam estado de atenção; quando a umidade está entre 12 e 20%, é considerado estado de alerta; e o estado de emergência é caracterizado por índices de umidade relativa do ar inferior aos 12%. O ideal, segundo a OMS, é de 60% ou mais.

Os problemas decorrentes da baixa umidade do ar são: complicações alérgicas e respiratórias, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele, irritação dos olhos, aumento de incêndios em vegetação. Para enfrentar o tempo seco, os cuidados incluem aumento na ingestão de água e umidificação de ambientes com aparelhos ou toalhas molhadas. Exercícios físicos ao ar livre devem ser evitados entre 10h e 16 horas.

Fogo na região no Banhado do Rio da Prata iniciado esta semana (Foto/Divulgação: CBMMS)

 Queimadas - A estiagem e os incêndios florestais registrados nas últimas semanas fizeram o Governo Estadual decretar situação de emergência em todo o Estado por 180 dias. Os dois decretos foram publicados na edição do DOE (Diário Oficial do Estado) desta terça-feira (13).

Só em junho e julho, foram registrados em 72 cidades do Estado, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 3.693 focos de calor. Os decretos também consideram o IIS (Índice Integrado de Seca) publicado em junho pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), que indica condição de seca moderada a extrema no bioma Pantanal e em grande parte de Mato Grosso do Sul.

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