MPE investiga se condomínio de luxo está secando lago na Capital

O MPE (Ministério Público Estadual) investiga degradação ambiental no córrego Cabaça, em Campo Grande. Conforme o inquérito civil 04/2014, pela localização indicada pelo denunciante a degradação seria provocada pelo empreendimento Villas Damha.
Conforme o autor da denúncia, que pediu para não ser identificado, um lago, que abastece o córrego, estaria sendo “seco” de forma propositada. O curso de água fica próximo às BR-163, após o viaduto da avenida Marquês de Pombal.
A agonia do lago, onde já funcionou o pesqueiro Lagoa Dourada, é acompanhada há oito anos por Josi do Carmo, 34 anos. “Se dá pena? Nossa e como. Tinha muito animal, capivara, jacaré. Está reduzindo muito”, conta a moradora do local.
Na margem mais próxima à BR, onde o lago encolhe, o calor era abrasador e acompanhado pelo ruído do tráfego pesado de caminhões. Do outro lado, mais próximo à rua Adolfino de Almeida, no Estrela Parque, o cenário era bem diferente na mesma manhã de sexta-feira.
Quero-queros implicavam com as garças, enquanto as árvores garantiam a brisa e os pássaros, a música ambiente. O lago fica atrás da Villa Damha, um dos vários empreendimentos que se espalham pela região.
Considerando que a denúncia é grave e necessita de apuração imediata, o Ministério Público estabeleceu prazo de dez dias para que a Procuradoria-geral do município apresente cópia integral do processo de licenciamento do empreendimento Villas Damha, localizado na avenida Marquês de Pombal. No residencial de luxo, há imóvel comercializado por R$ 500 mil.
O poder público também deve apresentar vistoria no local e se manifestar sobre os fatos em apuração.
A Damha Urbanizadora informou, por meio da assessoria de imprensa, que não promoveu nenhuma ação para secar o lago. "A barragem do lago não fica dentro da área da empresa", infomrou. "A Damha também não recebeu nenhuma notificacao do Ministerio Publico Estadual", informou.