Meio Ambiente

Moradores denunciam queima de plástico, mas fábrica nega acusação

Luciana Brazil | 22/08/2014 12:20
Moradores dizem que queima é rotineira. (Foto: Divulgação/ moradores)
Moradores dizem que queima é rotineira. (Foto: Divulgação/ moradores)
Fumaça incomoda vizinhos à fábrica.


Moradores da região de Indubrasil, em Campo Grande, denunciaram na manhã de hoje (2) a queima de garrafas plásticas na fábrica de reciclagem Ecoflake. Um dos vizinhos à empresa, que preferiu não se identificar, disse que a queima é feita frequentemente, há quase um ano. A fumaça, segundo ele, é preta, densa e se espelha rapidamente, causando desconforto e mal estar. “Acredito que eles queimem os restos de plástico que não usam mais. É um cheiro muito forte”, disse o morador.

A denúncia aponta ainda que o material é queimado no meio do quintal da fábrica, sem nenhum cuidado e à céu aberto. “Geralmente a queima acontece no fim da tarde. E varia bastante, às vezes é semanal, às vezes é diariamente”, disse outro morador que não se identificou com medo de represálias.

A fumaça resultante da queima de materiais plásticos é tóxica e pode causar muitos males à saúde, como explicam os médicos.

O dono da fábrica Ecoflake disse que o fogo foi provocado acidentalmente há cerca de quatro dias. Por telefone, Antonio Carlos Vilhena contou ao Campo Grande News que o fogo atingiu garrafas pet que não são utilizadas pela empresa. “Os meus funcionários controlaram o fogo. Eles são proibidos até de fumar já que o material plástico é altamente inflamável”, disse.

Depois da ligação, Antonio informou por e-mail que o fogo foi provocado por um desconhecido “que passava pelo local e foi prontamente apagado pelos nossos funcionários”, dizia o texto.

Ainda conforme o e-mail, o fogo teria atingido até mesmo o local onde os empregados descansam, o que, segundo Antonio, não poderia ter sido provocado pelos próprios funcionários.

A empresa informou ainda que não utiliza material tóxico. A Ecoflake tem aproximadamente 300 toneladas de garrafas pet em seu galpão e todas passam por processo de classificação e trituração.

A reportagem tentou contato com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para apurar dados de fiscalização e até mesmo de multas ou notificações que envolvam a fábrica, mas até o momento da publicação não houve sucesso.

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