Meio Ambiente

Incêndios no Pantanal equivalem a toda área devastada nos últimos 6 anos

Em setembro, o número de focos deve superar o maior volume já registrado pelo Ibama em 2005 com mais 12.536 áreas devastadas

Adriano Fernandes e Marta Ferreira | 08/09/2020 22:17
Incêndios no Pantanal equivalem a toda área devastada nos últimos 6 anos
Espessa camada de fumaça que se formou em incêndio no Pantanal. (Foto: Divulgação)

As queimadas no Pantanal atingiram um recorde trágico nos oito primeiros meses do ano. 

Entre janeiro e agosto o número de focos de incêndio, já equivale a toda área devastada no nos seis anos anteriores. Foram 10.153 focos de incêndio no Pantanal, (65%) deles em Mato Grosso do Sul e (35%) no Mato Grosso. 

Entre 2014 e 2019 o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) contabilizou 10.048 pontos de queimadas. O levantamento foi feito pelo jornal Estadão com base nos dados divulgados pelo Instituto. 

Ainda conforme o relatório, o número deste ano é três vezes superior aos 3.165 focos de incêndio verificados entre janeiro e agosto de 2019. Em relação aos 603 focos confirmados em 2018, o cenário deste ano reflete uma alta de 1.700%.

Os dados registrados pelo Inpe mostram que os focos deste ano, são o maior volume já registrado pelo órgão em mais de 20 anos da série histórica disponível, desde 1999.

Neste mês de setembro a estimativa do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) é de que o número de queimadas, supere o recorde histórico já registrado pelo órgão, em 2005, quando ocorreram 12.536 focos de incêndio.  

Até este dia 08 de setembro o acumulado de focos chegou a 12.042, segundo o órgão. “Estamos na eminencia de ultrapassar o maior valor da serie histórica para o bioma Pantanal e acreditamos que ele será superado ainda no mês de setembro”, comentou o analista ambiental do Ibama, Alexandre Pereira. 

Ainda segundo Alexandre, neste ano os incêndios já devastaram 2,3 milhões de hectares no Pantanal, sendo 1,2 milhões no Estado vizinho, Mato Grosso e 1, 081 milhão em Mato Grosso do Sul. Os dados são do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). 


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