Meio Ambiente

Imasul suspende licença de funcionamento de atrativo em Bonito

Órgão determinou paralisação imediata da atividade, mas não detalhou motivação

Por Maristela Brunetto | 26/03/2025 13:04
Imasul suspende licença de funcionamento de atrativo em Bonito
Decisão do Imasul determinou paralisação imediata das atividades turísitcas no local (Foto: Reprodução internet)

Uma decisão do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) assinada pelo diretor-presidente, Andre Borges, suspendeu a licença de operação do Empreendimentos Turísticos Alto de Formoso Ltda e mandou paralisar de imediato as atividades. Alegando o exercício da autotutela para suspender a autorização expedida em 2021, a ordem aponta que se não houver o respeito, o responsável incorrerá em crime ambiental.

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O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) suspendeu a licença de operação do Empreendimentos Turísticos Alto de Formoso Ltda, responsável pela Praia da Figueira em Bonito, e determinou a paralisação imediata das atividades turísticas no local. A decisão, assinada pelo diretor-presidente Andre Borges, alega o exercício da autotutela e aponta que o não cumprimento da ordem pode resultar em crime ambiental. A suspensão da licença, emitida em 2021, baseia-se na Política Nacional de Meio Ambiente, que prevê a revisão de atividades potencialmente poluidoras. A medida ocorre após a instauração de um inquérito civil pelo Ministério Público Estadual para investigar o desvio de água do Rio Formoso para abastecimento de um açude do empreendimento, com evidências de captação irregular de água, inclusive em área de preservação. O promotor Alexandre Estuqui Jr solicitou esclarecimentos ao diretor do Imasul sobre a regularidade da atividade, mencionando que a captação é proibida por lei municipal. Uma denúncia anônima levou à investigação sobre a captação irregular de água, um problema que também afeta outros rios de Bonito. A reportagem tentou contato com o empreendimento para obter manifestação.

Essa pessoa jurídica é responsável por um dos atrativos mais conhecidos de Bonito, a Praia da Figueira. A licença emitida possibilitava as atividades de balneário, flutuação e passeio ecológico. Via assessoria de imprensa, o Imasul explicou que esclarecimentos deveriam ser repassados à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Procurada, a pasta ainda não respondeu ao pedido de informação.

Na decisão, foi apontado como fundamento para a suspensão da licença concedida a Política Nacional de Meio Ambiente, que prevê a “revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras”. No final de fevereiro, foi divulgado pelo Ministério Público Estadual a instauração de inquérito civil para investigar o desvio de água do Rio Formoso para abastecimento de açude do empreendimento turístico.

Entre os documentos que já integram o procedimento consta inspeção feita por fiscais do Imasul, confirmando a existência de duas bombas para captação de água do rio, inclusive em área de preservação, segundo o relatório.

O promotor, Alexandre Estuqui Jr solicitou esclarecimentos de André Borges sobre a regularidade da atividade. Na documentação que compõe o inquérito ele constou que a captação é proibida por lei municipal. Ainda não foi incluída a resposta do diretor do Imasul.

Na portaria de instauração consta que uma denúncia anônima chegou à Promotoria sobre a captação irregular de água, um problema que atingiu outros rios de Bonito.

Na página do atrativo na internet consta que ele integra uma área de 600 mil m². A reportagem tentou contato pelo número de celular que consta e também enviou e-mail. Havendo manifestação, ela será acrescentada ao texto.

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