Meio Ambiente

Governo pode antecipar decreto de emergência ambiental no Estado

Secretário de meio ambiente afirma que 2024 exige ações antecipadas para evitar desastres no Pantanal

Por Natália Olliver e Izabela Cavalcanti | 21/02/2024 09:43
Bombeiros em combate ao fogo no Pantanal, que destruiu 1 milhão de hectares do bioma em 2023 (Foto: Campo Grande News/ Arquivo))
Bombeiros em combate ao fogo no Pantanal, que destruiu 1 milhão de hectares do bioma em 2023 (Foto: Campo Grande News/ Arquivo))

Com cenário atípico no Pantanal nos primeiros meses do ano, o Governo estuda antecipar o decreto de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul, devido a ação do fenômeno climático El Niño. Na manhã desta terça-feira (21), o secretário de meio ambiente, Jaime Verruck, revelou que a pasta vai avaliar nos próximos 15 dias a situação do bioma. A fala foi dita após o 1º Seminário de Prevenção aos Incêndios Florestais de Mato Grosso do Sul, realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.

Normalmente o estado emite alerta de incêndios nos períodos mais secos, marcados de junho a agosto. 

Jaime Verruck, secretário de meio ambiente (Foto: Marcos Maluf)

“Nós achamos que esse ano temos que começar uma ação muito rápida e vamos ver a partir desse decreto para poder monitorar a partir de março ou abril. Que deveriam ser mais tranquilos, pois tem chuva. Já tivemos fogo em janeiro, isso preocupa”.

Segundo Verruck a Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia) está realizando um estudo técnico para validar ou não a antecipação. "Todo decreto de emergência precisa ter uma base técnica. Ele facilita todo processo de contratação. Nas próximas duas semanas vamos fazer isso e se indicar que nós temos uma situação que justifique nos vamos fazer sim". 

Chuvas - Desde dezembro de 2023 o volume de chuvas está abaixo da média em todo o Estado. A previsão é de que o déficit de precipitação persista e provoque danos ambientais, com ampliação de área seca e intensificação de casos de incêndios florestais. 

Vinícius Sperling, meteorologista do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul),  ressalta que o cenário crítico está presente há três meses e que a situação deve se agrave nos próximos meses. 

No Pantanal, a área com seca foi intensificada no período que deveria ser mais chuvoso, entre dezembro e janeiro. De acordo com a análise do Cemtec, isso resulta no aumento dos focos de calor no bioma e consequentemente em incêndios. 

“Desde novembro a gente observou o avanço da seca, com piora em janeiro por conta das chuvas muito abaixo do ideal". 

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