Meio Ambiente

Fogo não dá trégua e, junto com a estiagem, cenário no Pantanal é de devastação

Corumbá concentra 67% dos focos registrados neste ano em Mato Grosso do Sul

Gabriel Neris | 25/08/2020 16:00


Seca predomina na Serra do Amolar (Foto: Direto das Ruas)
Seca predomina na Serra do Amolar (Foto: Direto das Ruas)

A massa de ar frio, acompanhado de chuva, que passou por Mato Grosso do Sul praticamente não fez efeito no Pantanal. As queimadas continuam e se concentram em três locais, entre eles a Serra do Amolar, onde o cenário é de devastação, e também os fundos do Parque Nacional do Pantanal, já no Estado vizinho.

De acordo com o coronel Ângelo Rabelo, do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), a velocidade dos ventos registrada nesta terça-feira (25) foi de 70 km por hora, ajudando a propagar os focos de calor na vegetação. 

Os focos também se concentram no Paiaguás, uma das sub-regiões do Pantanal sul-mato-grossense, e também aos fundos do Parque do Pantanal, em Mato Grosso.

“Não choveu aqui [em Corumbá] nem no Mato Grosso. No norte continua crítico”, descreve o coronel.

Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Corumbá ainda é o município com mais focos de calor no ano, com 4.062 registros, entretanto o município não apareceu na lista com mais queimadas nas últimas 48 horas. 

Corumbá concentra 67% dos focos registrados neste ano em Mato Grosso do Sul. O Estado soma 6.066 queimadas, atrás de Mato Grosso, Pará e Amazonas, aumento de 43% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O governo de Mato Grosso do Sul calcula que o fogo já consumiu área correspondente a 12% da vegetação, sendo 704 mil hectares no Pantanal sul-mato-grossense e mais 583 mil hectares em Mato Grosso. Estruturas de combate a incêndios foram montadas em usinas de cana-de-açúcar e florestadas plantadas. 

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) não prevê chuva para os próximos dias. A expectativa é de céu com poucas nuvens e temperatura chegando aos 41ºC.

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