Meio Ambiente

Feira sustentável prova que reciclar cabe muito bem no cotidiano

Jéssica Benitez | 26/06/2013 17:01
O velho disco de vinil se transforma em relógio com emblemas mais que modernos (Foto: Marcos Ermínio)
O velho disco de vinil se transforma em relógio com emblemas mais que modernos (Foto: Marcos Ermínio)

Que o tema sustentabilidade está em evidência não é mais novidade. O novo fato é que a moda pegou tanto que faltam materiais para confeccionar produtos recicláveis, pelo menos é o que garante o artesão Cesar Zanatto, que largou parcialmente a vida de analista de sistemas para dedicar-se à reciclagem.

“A gente brinca que agora tá difícil de conseguir o material para fabricarmos as peças. O pessoal está usando muito”, disse Cesar que está entre os expositores da Feira Ambiental, evento voltado à sustentabilidade promovido em Campo Grande entre os dias 26 e 29 de junho no Armazém Cultural, das 14 às 22 horas. 

Na Era da sustentabilidade o bichinho de estimação ganha abrigo descolado (Foto: Marcos Ermínio)
Com toqeu de criatividade o ar-condicionado ganha nova roupagem e se transforma em banquinho (Foto: Marcos Ermínio)

Na exposição, estão produtos feitos com materiais que aos olhos do leigo não passam de lixo. A latinha de sardinha, por exemplo, dá espaço a um pequeno porta-retratos. A estrutura de um ar-condicionado de caminhão ganha nova roupagem como banquinho almofadado. A estante não passa de madeira surrada que, com um pingo de criatividade, se tornou um móvel rústico e requintado.

No mundo sustentável o passado e o presente não se separam na linha do tempo. Afinal de contas, as TVs de plasma tomaram conta das salas das casas brasileiras e o velho monitor não sai de cena porque pode virar um belo abrigo para o gatinho de estimação. O mesmo vale para as antigas telas de computador. Na Era reciclável também há lugar para os nostálgicos discos de vinil.

Não importa se em casa só tenha som à base de MP4, pois o produto não tem objetivo de ser usado para ouvir músicas e sim decorar capas de caderno e agendas. Ou então, o vinil pode ser uma ótima opção informar as horas. Isso mesmo, com o auxílio de uma broca de dentista e imaginação de sobra, o artesão Nilton Moreira transforma um simples disco num belo relógio.

A feira não se limita em alimentar somente os olhos. A culinarista Rosa Maria, integrante do grupo Broto Frutos Culinária do Cerrado, produz quitutes com frutos da terra, tudo orgânico e de primeiríssima qualidade. Pães e doces feitos de pequi, castanha de cumbaru, pimentas em compota, doce de marmelo, entre outras delícias, estão a venda no estande dela.

Estante de madeira surrada ganha espaço na decoração (Foto: Marcos Ermínio)
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