Meio Ambiente

Expansão de serviço de esgoto pode aliviar poluição do Rio Anhanduí

Caroline Maldonado | 17/10/2014 14:07
Integrantes da Comissão de Acompanhamento do Enquadramento do Rio Anhanduí visitou os principais córregos de Campo Grande (Foto: Divulgação/Águas Guariroba)
Integrantes da Comissão de Acompanhamento do Enquadramento do Rio Anhanduí visitou os principais córregos de Campo Grande (Foto: Divulgação/Águas Guariroba)

Único rio que passa por Campo Grande, o Anhanduí é foco de uma articulação entre o a Prefeitura Municipal, o Governo do Estado e a concessionária de água e esgoto Águas Guariroba, que pode melhorar o estado da água poluída, segundo a gestora do Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul), Celina Aparecida Dias. Dados estão sendo colhidos para descobrir se as águas são beneficiadas com a expansão do serviço de esgoto, a partir do programa Sanear Morena 3, que teve início esse ano e está previsto para abranger toda na cidade até 2025.

A Comissão de Acompanhamento do Enquadramento do Rio Anhanduí visitou nesta quinta-feira (16), os principais córregos de Campo Grande em pontos de coleta de amostras do Programa Córrego Limpo, realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) em parceria com a Águas Guariroba. Dentre os córregos vistoriados, estão o Segredo e o Prosa, cujo o encontro faz nascer o Rio Anhanduí, em frente ao Horto Florestal, na avenida Ernesto Geisel.

De acordo com Celina, as amostras coletas serão utilizadas em uma avaliação para saber como está a evolução da qualidade das águas. “A expansão do esgotamento sanitário em Campo Grande é importantíssima para a evolução da qualidade dos rios. Temos dados anteriores ao Programa Sanear Morena, que é o projeto da empresa concessionária para ampliar a rede de esgoto a cidade, e eles mostram como era a situação destes córregos”, afirma a gestora do Imasul.

O trabalho de enquadramento do Rio Anhanduí segue as normas estabelecidas pelo decreto 357 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), sobre a classificação dos rios. “Posteriormente, iremos juntar todos estes dados, inclusive do Programa Córrego Limpo, para que possamos avaliar o que vem acontecendo ao longo dos últimos anos e ver se este enquadramento está sendo respeitado”, explica Celina.

Segundo o gestor de Meio Ambiente e Qualidade da Águas Guariroba, Fernando Garayo, o papel da concessionária como integrante da comissão é contribuir com informações e acompanhar de perto o que está sendo cumprido no quadro de metas para o reenquadramento do Rio Anhanduí e seus afluentes. “A Águas Guariroba se utiliza dos recursos hídricos da cidade, e temos as nossas ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) que contribuem para a preservação destes rios urbanos para que eles não sejam impactados com o agente poluidor que é o esgoto. Nesta comissão, estamos acompanhando de perto a evolução da qualidade dos córregos proporcionada também pela expansão do serviço de esgotamento sanitário na cidade”.

Também integram a Comissão de Acompanhamento do Enquadramento do Rio Anhanduí representantes da Sanesul, Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul).

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