Meio Ambiente

"Espaço de treinamento" para galos de briga é fechado no Nova Lima

Local funcionava no Nova Lima e tinha 22 galos em gaiolas apertadas, além de arena para "treinamento" das aves

Ana Paula Chuva e Marcos Rivany | 08/09/2020 16:46
Gaiolas de madeira onde galos eram mantidos. (Foto: Divulgação | PMA)
Gaiolas de madeira onde galos eram mantidos. (Foto: Divulgação | PMA)

Espaço de treinamento para de galos briga foi fechado pela PMA (Polícia Militar Ambiental) em Campo Grande na tarde desta terça-feira (8). O local localizado no bairro Nova Lima é o segundo caso em 48h envolvendo rinhas de galos.

Segundo a PMA, no local foram apreendidos 22 galos de briga e o proprietário, pedreiro de 55 anos, foi multado em R$ 11 mil por maus-tratos, depois de denúncias sobre o espaço.  

Na residência os policiais verificaram que o local não funcionava como espaço para apostas, mas sim para treinamento e criação de animais para briga, inclusive havia uma arena improvisada no quintal. 

Os galos eram mantidos em gaiolas de madeira e algumas de ferro, extremamente apertadas restringindo os movimentos e privando os animais da luz solar.

Aves tiveram esporas e pena cortadas. (Foto: Divulgação | PMA)

Ainda conforme a PMA, os animais foram encontrados com ferimentos na crista e no peito, além das esposas cortadas.

A Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista) também foi avisada sobre o caso e foi ao local nesta tarde. Segundo o delegado Maércio Alves Barbosa, o pedreiro revelou que não é a primeira vez que investe na criação de galos, mas parou por um tempo e resolveu voltar “treinar” as aves há cerca de 7 meses.

Quando não estavam em treinamento, os galos ficavam nas gaiolas, recebiam água e alimentação, mas tinham as penas arrancadas como método para “fortalecem os músculos”. 

Como não há local adequado para apreensão dos galos, eles permanecem sobre a tutela do proprietário. No entanto, explica o delegado, isso passa a ser fiscalizado. Eles não podem vendidos ou treinados novamente.

Esse foi o segundo caso descoberto pela polícia em menos de 48 horas, o primeiro foi registrado ontem, no Jardim Noroeste. Para o delegado, esse aumento nos flagrantes não está relacionado com a popularização da prática, mas sim ao crescimento das denúncias. Para ele, isso pode estar ligado a maior quantidade de tempo que as pessoas ficam em casa por conta da pandemia do coronavírus.

O pedreiro foi levado para a delegacia especializada e vai por crime ambiental de maus-tratos a animais, com pena prevista de três meses a um ano de detenção.

Confira vídeo:


Jardim Noroeste - No domingo (6), policiais militares ambientais fecharam uma rinha de galo e resgataram 24 animais feridos no Jardim Noroeste, em Campo Grande. 

No flagrante um dos participantes chegou a fugir do local de motocicleta, e os galos foram apreendidos todos sem esporas e com as penas cortadas. 

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