Meio Ambiente

Comunidade com 19 pessoas está na rota se barragem romper em MS

Moradores vivem praticamente ao lado de duas barragens de rejeito de minério em Corumbá

Tatiana Marin | 28/01/2019 19:53
Corumbá ao norte e as duas barragens e a comunidade ao meio. (Foto: Reprodução/Google Maps)
Corumbá ao norte e as duas barragens e a comunidade ao meio. (Foto: Reprodução/Google Maps)

Uma comunidade de 19 pessoas fica situada entre duas barragens de rejeitos de minério em Corumbá, município a 419 quilômetros de Campo Grande. O local está na rota em que a lama escoaria, em caso de rompimento da represa.

Uma das barragens em questão é a do Gregório, da Vale, a que mais preocupa, pois é a maior, com capacidade para 9 milhões de metros cúbicos. A de Brumadinho tinha capacidade de 12,7 milhões de metros cúbicos. A outra é a Barragem Sul, da Vetorial (que comprou a MMX), com capacidade bem menor, de 600 mil metros cúbicos.

Segundo a assessoria de imprensa do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), ligado à Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o órgão tem conhecimento comunidade e confirmou que são 19 pessoas vivendo no local. Entretanto seriam ainda informações preliminares e ainda não documentadas repassadas pelo chefe de Fiscalização da Agência Nacional de Mineração, Luís Cláudio de Souza. Durante a vistoria agendada para esta quarta-feira (30) mais informações serão coletadas e disponibilizadas.

O Imasul informou que a comunidade teria passado por um treinamento com a Defesa Civil de Corumbá. Para o caso de um possível rompimento de barragem, eles já têm uma rota de fuga definida e estão cientes da sirene de aviso de algum incidente.

Comunidade Santo Domingos no canto inferior esquerdo da imagem está a 5 quilômetros em linha reta da Barragem do Gregório. (Foto: Reprodução/Google Maps)

A comunidade está a aproximadamente 5 quilômetros de distância em linha reta da Barragem do Gregório, de acordo com medição pelo Google Maps.

Tanto a barragem Sul como a do Gregório foram classificadas como DPA (dano potencial associado) alto no Relatório de Segurança de Barragens 2017 da ANA (Agência Nacional de Águas). A agência compila as informações de fiscalização realizadas em represas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) - para o caso de represas hidrelétricas - e pela ANM - em relação a barragens de rejeito de minério. Entretanto ambas foram classificadas como CRI (categoria de risco) baixo.

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