Meio Ambiente

"Cometa do Diabo" poderá ser visto hoje em todo o Brasil

Cometa do tipo Halley poderá ser visto em todo o Hemisfério Sul, com maior visibilidade no Norte e Nordeste

Por Silvia Frias | 21/04/2024 10:44
Cometa do Diabo em registro feito no dia 11 de fevereiro  (Foto: Divulgação Nasa)
Cometa do Diabo em registro feito no dia 11 de fevereiro  (Foto: Divulgação Nasa)

Visível em todo o Hemisfério Sul a partir deste domingo, quando atinge sua maior aproximação do Sol, o cometa 12P/Pons-Brooks, apelidado de Cometa do Diabo, antes era observável apenas em países do norte do globo terrestre.

Segundo informações do O Globo, no Brasil, ele vai poder ser observado em todo o país, mas com maior facilidade nas regiões Norte e Nordeste, além dos estados do Acre e Rio de Janeiro, por conta da proximidade com a Linha do Equador.

Segundo Observatório Nacional, o ideal é tentar ver o cometa sempre por volta das 14h40 e 15h30 (horário de MS). 

A maior dificuldade, porém, é encontrar um lugar com vista do horizonte oeste livre, já que, segundo o astrônomo Filipe Monteiro, o cometa está muito baixo no céu, em uma altura de aproximadamente 15 graus.

O cometa 12P/Pons-Brooks atinge o periélio (momento de maior proximidade do Sol) neste domingo e deve registrar o brilho máximo no dia 23 de abril. Mesmo assim, o uso de binóculos é indicado caso você queira avistar o corpo celeste, já que não há garantias que ele estará visível a olho nu.

Assim como recomendado para qualquer observação no céu noturno, há mais chances de conseguir avistar o cometa em um local escuro, com poucas luzes artificiais.

De acordo com o Observatório Nacional, este é classificado como um cometa do tipo Halley, conhecidos pelo curto período de tempo que precisam para dar uma volta em torno do Sol. Trata-se de um intervalo de tempo que vai de 20 a 200 anos. O Cometa do Diabo demora cerca de 71,3 anos para fazer o trajeto.

Descoberto em 1812, o astro tem cerca de 29 quilômetros de diâmetro (o triplo do tamanho do Monte Everest) e é descrito como um “vulcão frio” por ejetar violentamente gelo e gás — que formam uma cauda em formato de chifre, origem do apelido do cometa.

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