Meio Ambiente

Combate às queimadas no Pantanal foi retardado em 4 meses

Reportagem do jornal O Globo aponta que houve alerta do clima severo no início do ano e pedido antecipado de contratações

Gabriel Neris | 10/10/2020 12:02
Homem tenta conter o fogo sozinho no Pantanal (Foto: Divulgação)
Homem tenta conter o fogo sozinho no Pantanal (Foto: Divulgação)

Os brigadistas do Ibama responsáveis para conter as queimadas no Pantanal e também na Amazônia foram mobilizados por, pelo menos, quatro meses de atraso. É o que aponta reportagem do jornal O Globo.

De acordo com o jornal, relatórios do Ministério do Meio Ambiente apontam que mudanças na lei e registros burocráticos ajudaram a retardar o atraso dos brigadistas.

O Ministério da Economia autorização a viagem dos socorristas em junho, dois meses depois do pedido. Neste caso foi aprovado o envio de 1,4 mil profissionais.

Conforme a reportagem, o Ibama pretendia reaproveitar os brigadistas que estiveram na Amazônia em 2019, já que os treinamentos para novas equipes foram cancelados diante da pandemia da covid-19. Mas o governo federal editou medida provisória que impede recontratação de pessoas que prestaram serviços, exceto se for precedida por processo seletivo simplificado.

O Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) recebeu aval do Ministério da Economia, mas ainda precisou esperar até 10 de agosto para publicação de portaria para contratação.

O jornal aponta que houve aviso sobre as condições climáticas adversas e que o Prevfogo encaminhou pedido para contratação, sem gastos extras, ainda em janeiro. Em março foi publicada portaria estabelecendo período de emergência nos dois biomas. 

De acordo com a reportagem, o Ministério da Economia informou que pediu mais esclarecimentos sobre a contratação dos brigadistas porque o Ministério do Meio Ambiente “não apresentou uma série de documentos obrigatórios, conforme determina o regulamento para solicitação de contratação temporária”. 

Disse ainda que a medida provisória perdeu validade no dia 30 de junho. O Ministério do Meio Ambiente e Ibama não responderam a reportagem.

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