Meio Ambiente

Com números em queda, campanha de combate a incêndios é lançada

Mariana Lopes | 28/04/2014 16:21
Presidente nacional do Ibama, Volney Zanardi, pontua que o setor produtivo do Estado foi o primeiro no Brasil a convidar o Ibama para trabalhar junto (Foto: Cleber Gellio)
Presidente nacional do Ibama, Volney Zanardi, pontua que o setor produtivo do Estado foi o primeiro no Brasil a convidar o Ibama para trabalhar junto (Foto: Cleber Gellio)

No ano passado, foram registrados 3 mil focos de incêndio em regiões de floresta em Mato Grosso do Sul. De janeiro a abril deste ano, houve uma queda de 40% em relação ao mesmo período de 2013. Ainda assim, os números são alarmantes, e para a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios de 2014 foi montada uma equipe com 105 brigadistas que atuarão em áreas específicas de aldeias, assentamentos e no Pantanal.

A campanha foi laçada hoje (28), no auditório da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), em Campo Grande, com a presença do presidente nacional do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Volney Zanardi, além de representantes de órgãos estaduais voltados ao meio ambiente.

O foco das ações da campanha são as áreas de vegetação próximas às aldeias indígenas, assentamentos e, especialmente, o Pantanal, onde o índice de incêndio em mata é maior. Porém, o recado de prevenção será dado também nas áreas urbanas, garante Zanardi.

Segundo o presidente o Ibama, os incêndios florestais atingem tanto o campo quanto às cidades, e o que precisa é uma mudança cultural e social de toda a população. “É um grande desafio, para a campanha ter sucesso precisa envolver todos os setores, e Mato Grosso do Sul está no caminho certo”, elogia.

Zinardi pontua que o setor produtivo do Estado foi o primeiro no Brasil a convidar o Ibama para trabalhar junto. Ele ainda ressalta que de janeiro a abril deste ano, foram registradas 900 incidências de fogo em região florestal no MS. Enquanto no mesmo período em 2013, o número maior, aproximadamente 1,5 mil. A queda em 2014, o presidente agrega também às condições climáticas, que variam de um ano para o outro.

O superintendente regional do Ibama, Márcio Yule, diz que foram capacitados técnicos que irão atuar nos assentamentos e aldeias (Foto: Cleber Gellio)

Neste ano, foram montadas cinco brigadas, sendo três em áreas indígenas, em Miranda, Porto Murtinho e Aquidauana, uma em Jateí, próxima a área de assentamento, e uma melhor equipada em Corumbá, que atende toda a região do Pantanal. Segundo Zinardi, além dos brigadistas já contratados, mais profissionais podem ser chamados no decorrer da campanha conforme a necessidade.

Segundo o superintendente regional do Ibama, Márcio Yule, foram capacitados técnicos da Agraer que vão fazer o trabalho de extensão nos assentamentos e aldeias do Estado, para orientar a população de como prevenir as queimadas e incêndios.

O titular da Seprotur (Secretaria de Produção e Turismo), Paulo Engel, ressaltou que além do impacto ambiental, o prejuízo econômico decorrente de incêndios florestais pode causar danos que demoram anos para recuperar.
“Para se ter ideia, levam de 6 a 7 anos para uma região de floresta voltar a ser aproveitada depois de um incêndio, isso reflete diretamente na economia do Estado”, observa Engel.

A previsão é de que a campanha seja realizada nas áreas de maior incidência até outubro, período de seca no Brasil todo.

A ação é realizada em parceria com diversos órgãos estaduais e federais, como Seprotur (Secretaria de Comércio e Turismo), Ibama, Famasul, Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural /MS), Reflore/MS, Polícia Militar Ambiental, Sindicarv (Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão Vegetal de Mato Grosso do Sul).

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