Meio Ambiente

Com maior área devastada em MS, chuva é esperança contra incêndio no Pantanal

Previsão é que chuva chegue na região pantaneira no domingo (16) e continue na segunda-feira (17)

Leonardo Rocha | 14/08/2020 13:00
Combate a focos de incêndio na região do Pantanal (Foto: Divulgação)
Combate a focos de incêndio na região do Pantanal (Foto: Divulgação)

O governo estadual e integrantes da operação para combater os incêndios no Pantanal, esperam que a chuva prevista para cair na região no próximo domingo (16) e segunda (17) possam reduzir os focos de queimadas e minimizar o cenário de devastação. Eles falaram sobre o tema durante live, nesta manhã (14).

O cenário é de 1,5 milhão de hectares de área queimada no Pantanal, sendo 910 mil apenas no território de Mato Grosso do Sul. A mudança do clima no Estado, que vai ocorrer de 14 a 22 de agosto, é visto como fundamental pelas autoridades, para contribuir com o trabalho de combate aos incêndios.

“A possibilidade chuva na região (pantaneira) irá reduzir os focos, além disto, a temperatura mais baixa também contribui para este cenário”, explicou a coordenadora do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de MS), Franciane Rodrigues.

Ela descreveu, durante a live, que este panorama de chuva “minimiza” os focos de incêndio na próxima semana, tendo o melhor período (chuva) acumulado neste momento de seca. “De 19 a 21 de agosto ainda está previsto a chegada de uma frente fria, com queda de temperatura de 20 a 23”, revelou.

Live com o tenente-cononel Moreira, o secretário Jaime Verruck e a coordenadora do Cemtec, Franciane Rodrigues (Foto: Repodução - Facebook)

Cenário - o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Waldemir Moreira, também ressaltou que o “clima” tem impacto direto nos focos, tendo risco apenas de raios provocarem novas queimadas. “Mais a incidência é menor, já que 95% dos incêndios são de origem humana”.

Ele descreveu que as queimadas estão 67% na área do Pantanal de Mato Grosso do Sul e que os focos de agosto já ultrapassaram o mês anterior. “Já foram 6.629 (focos) no ano, começando com maior intensidade em julho, com pico em agosto e setembro, seguindo até outubro”.

Também espera que com a mudança no clima “dissipe” a fumaça sobre a cidade de Corumbá e que já chegou em Campo Grande, devido o vento. “Só com a mudança de temperatura o cenário já muda, ontem (13), por exemplo, já tinha caído para 50 (focos), já no dia 9 (agosto) tinha 257 (focos)”, comparou.

Ação de combate a incêndios com helicóptero na região do Pantanal (Foto: Divulgação)

Operação – O contra-almirante, Sérgio Gago Guida, relatou que hoje os trabalhos estão focados em três pontos do Pantanal: Corumbá, na divisa da cidade de Poconé (MT) e na reserva indígena dos Kadiwéus. 

“O combate mais difícil é em Poconé, perto do Rio São Lourenço, devido o território e vegetação, lá estão dois helicópteros, que juntos fazem 50 voos por dia. Também é o lugar com mais focos”, descreveu.

Para o secretário estadual de Meio Ambiente e Produção, Jaime Verruck, se não houvesse todo aparato e estrutura para combate aos incêndios, com a participação de  diversos órgãos municipais, estaduais e federais, a situação na região seria muito mais precária. “Não teríamos apenas três grandes focos de incêndio”. 

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