Meio Ambiente

Com 1.045 focos no mês, Corumbá segue líder do ranking de incêndios

Aline dos Santos | 08/09/2012 12:38

Devido ao fogo, cidade ficou quase 24 horas sem telefonia e internet

Focos avançam pela superfície e subterrâneo. (Foto: Diário Corumbaense)
Focos avançam pela superfície e subterrâneo. (Foto: Diário Corumbaense)

Sem chuva há 70 dias, Corumbá segue na liderança do ranking nacional de incêndios no mês de setembro. De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), são 1.045 neste mês. Em segundo lugar vem o município baiano de Cotegipe, com 459 focos. Em decorrência de um incêndio, Corumbá ficou quase 24 horas sem telefonia e internet.

Desde janeiro, Corumbá registra 4.747 focos de incêndio. Desta forma, o município pantaneiro responde por 86% dos incêndios de Mato Grosso do Sul. Neste ano, o Estado registrou 5.502 focos.

Com a estiagem e o fogo de turfa (subterrâneo), a luta contra os focos é uma batalha perdida. “É uma luta inglória. Precisa chover”, afirma o coordenador estadual do Prevfogo,Márcio Ferreira Yule.

Por 16 dias, um helicóptero do Ibama entrou na guerra contra o fogo. Segundo Yule, no primeiro dia, foram feitos 300 lançamentos, com nada menos de 500 litros de água cada, em incêndio próximo à cidade, mas o fogo prevaleceu.

Além das chamas aparentes, a região, com muito material orgânico e rico em carbono, é favorável ao fogo de turfa, que percorre o subterrâneo do terreno. “De repente uma árvore verde cai, é porque o fogo atingiu as raízes”, exemplifica.

A esperança é a chuva, que, preferencialmente, não venha acompanhada de raios. As descargas elétricas, de forma costumeira, causam novos incêndios na vegetação, como na Serra do Amolar, local de difícil acesso.

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