Meio Ambiente

Cheia na Serra do Amolar deve ser uma das mais intensas dos últimos anos

Mesmo após as fortes chuvas de fevereiro e março, muitos ribeirinhos enfretam transtornos.

Anahi Gurgel | 16/05/2018 18:37
Famílias encontram alternativas para sobreviver em meio à cheia na Serra do Amolar. (Foto: Aguinaldo Silva)
Famílias encontram alternativas para sobreviver em meio à cheia na Serra do Amolar. (Foto: Aguinaldo Silva)

Comunidades de Mato Grosso do Sul ainda sentem os efeitos preocupantes das fortes chuvas que atingiram diversas regiões entre os meses de fevereiro e março. Na região da Serra do Amolar, no Pantanal, a cheia já é considerada uma das mais intensas dos últimos anos.

Os dados são da Ecoa – Ecologia e Ação, que vem acompanhando a situação e orientando a população na área localizada na confluência dos rios Paraguai e Cuiabá, na divisa com Mato Grosso.

Após dois meses dos episódios das chuvas torrenciais, além da dificuldade de muitas famílias retornarem às suas moradas, faltam locais secos para os animais se refugiarem e a escola municipal que atende a comunidade do São Lourenço continua fechada desde o mês de abril.

Nesse período, pesquisadores da Ecoa continuam atuando diretamente junto a fazendeiros e moradores, orientando sobre o melhor planejamento para enfrentar a situação.

Os indicativos, segundo a Ecoa, são de que outras regiões abaixo da Serra do Amolar terão águas altas por um tempo mais prolongado. As atenções, neste momento, estão voltadas à marcação do nível do rio Paraguai, em Porto Murtinho, no extremo sul do Pantanal, que pode ultrapassar os 7 metros.

Técnicos e pesquisadores da Ecoa realizam diariamente um acompanhamento da situação nas áreas mais atingidas. 

Previsões - Desde 2011, a organização desenvolve um sistema que facilita a realização de previsões sobre o comportamento das águas nos principais rios da Bacia do Alto rio Paraguai.

Para elaborar a metodologia, equipes visitaram mais de 50 comunidades da região coletando dados sobre "comportamentos" dos rios, da fauna, flora, ecossistemas e população.

O intuito foi fazer o cruzamento das informações com o histórico de grandes cheias na última década, nos anos de 2011 e 2014.

O sistema é uma ferramenta que auxilia, inclusive, no trabalho de retirada dessas famílias antes da calamidade, por meio da emissão de mensagens com informações e alertas sobre níveis dos rios, bem como suporte no atendimento social às pessoas atingidas, realizado pelo Poder Público. 

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