Atropelamento de capivaras na Afonso Pena pode virar caso de Polícia
Segundo a delegada da Decat vai instaurar um inquérito para identificar o condutor do veículo

O atropelamento de quatro capivaras, na última terça-feira (1º), na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, pode virar caso de Polícia.
Segundo a delegada da Decat (Delegacia Especializada de Repressão de Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Suzimar Batistela, vai instaurar um inquérito para identificar o condutor do veículo. “Precisamos saber em qual circunstância que ocorreu o acidente”, explica a delegada.
Para a integrante da comissão de meio ambiente OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul), Daniela Caramalac, o acidente configura crime ambiental.
“Pela lei o episódio pode ser considerado maus tratos, com pena que varia de três meses a um ano de reclusão, já que não foram tomadas medidas para evitar o sofrimento dos animais”, afirma, acrescentando que o condutor pode ser identificado pela Polícia através da placa do carro que ficou na via após o acidente.
Neste caso, afirma, que é considerado maus-tratos abandonar animal doente, ferido ou mutilado, bem como deixar de prestar socorro, inclusive assistência veterinária.
O caso - Os animais foram encontrados mortos por uma pessoa que parou com o carro e sinalizou o local. Logo em seguida vários motoristas pararam, e um deles retirou os bichos do meio da avenida para não causar outros acidentes.
A cena foi fotografada.
Um homem, que pediu para não ser identificado pelo Campo Grande News, postou a foto no Facebook. Na postagem ele mostra a placa do veículo que foi deixada no local, após o acidente.
O atropelamento dos roedores foi sentido Parque dos Poderes/Centro, em um dos pontos que mais concentram capivaras na cidade. Mesmo com a via bem sinalizada, os relatos de excesso de velocidade são comuns, que podem ser a causa dos constantes atropelamentos dos animais.