Meio Ambiente

Após 15 anos, Lago do Rádio Clube terá a primeira revitalização

Mariana Lopes | 23/03/2012 14:19

Para recuperar os 3.5 m² que o lago já teve, e que atualmente não passa de 1.000 m², o investimento será de R$ 400 mil

Foto atual do lago do Rádio Clube Campo, assoreado (Foto: Marlon Ganassin)
Foto atual do lago do Rádio Clube Campo, assoreado (Foto: Marlon Ganassin)

Após 15 anos com o lago interditado, a presidência do Rádio Clube Campo deu a ordem de serviço, nesta sexta-feira (23), para a revitalização da área. No planejamento das obras está incluso a limpeza do local, para diminuir o assoreamento, novo paisagismo e a construção de uma pista de caminhada.

De acordo com o presidente do clube, Omar Ayoub, para recuperar os 3.500 m² que o lago já teve, e que atualmente não passa de 1.000 m², o investimento será de R$ 400 mil e a obra tem previsão de término em 90 dias.

O lago foi represado na décado de 70, e o assoreamento agravou, segundo Omar, há cerca de três anos, após a extensão da avenida Bom Pastor, que passa na lateral do clube.

Na parede da sala da secretaria do clube, imagem do lago há 15 anos (Foto: Marlon Ganassin)

O problema de assoreamento ocorre pois a água do córrego Bandeira, que começa na avenida Três Barras e deságua no Anhanduí, passa pelo lago do Rádio Clube Campo e, por conta da urbanização da área, a água ficou represada.

Em frente ao lago, atravessando a rua Spipe Calarge, onde o córrego segue o curso, uma erosão tomou conta da área. Segundo o ambientalista Eduardo Romero, presente na coletiva de hoje, o problema também é consequência da falta de estrutura na urbanização do local.

Lado ambiental – Conforme explica Romero, apenas limpar a área não resolve, pois o problema voltaria em alguns anos. “A área foi urbanizada, o ideal seria fazer a reposição da vegetação nativa, a contenção de resíduos sólidos e um plano de ocuação do uso do solo, para evitar a impermeabilização completa”, pontua.

Representando os legislativos, o vereador Alex do PT, também presente na coletiva, garantiu apoio à obra do lago. “Temos que nos esforçar para o problema não voltar. O que for de competência do poder público, será feito”, frisou.

PAC – Embora aprovado, mas sem ordem de serviço, o PAC (Projeto de Aceleração de Crescimento) da Prefeitura prevê na região, segundo o secretário de Obras de Campo Grande, João Antônio de Marco, a recuperação do proceesso erosivo, drenagem, abertura de novas galerias ao longo da Spipe Calarge, prolongamento da via fabio zahran até a Três barras e construção de bocas de lobo.

“Temos a licitação, mas a Caixa ainda não autorizou iniciar a obra, o que deve acontecer em um mês mais ou menos”, garante o secretário. O recurso é de R$ 9 milhões.

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