Lado Rural

Importação de frutas e hortaliças estrangeiras aumenta em MS

O crescimento foi de 105%, impulsionado por frutas vindas do Argentina, Itália, Chile e até a Grécia

Por Ketlen Gomes | 26/03/2025 13:43
Importação de frutas e hortaliças estrangeiras aumenta em MS
Pera Asiática Singo Pear Premium, importada para a Ceasa/MS. (Foto: Divulgação Ceasa/MS)

A importação de frutas e legumes do exterior aumentou cerca de 105% no ano passado, segundo dados da Dimer (Divisão de Mercado e Abastecimento) da Ceasa/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul). No total, foram 1.044 toneladas de produtos provenientes de outros países, o equivalente a 1.044.000 quilos.

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A importação de frutas e hortaliças estrangeiras na CEASA/MS cresceu 105% no último ano, totalizando 1.044 toneladas. A maçã lidera as importações, seguida por alho e pera, com principais fornecedores sendo Itália e Argentina. A logística inclui seleção rigorosa e armazenamento refrigerado. A variedade de frutas e a ausência de produção nacional impulsionam as importações, com destaque para a maçã Red Delicious da Argentina. A CEASA/MS também importa produtos do Chile, Espanha e Portugal, incluindo frutas exóticas como pitaya e mangostim.

Em 2023, a Ceasa/MS registrou a importação de 507 toneladas. O aumento foi impulsionado principalmente pela maçã, que liderou as compras internacionais. Em 2024, a entidade informa que foram adquiridas 536 toneladas da fruta, vindas da Itália, Chile, Portugal e Argentina. Na sequência, aparecem o alho, com 217 toneladas importadas, e a pera, com 11 toneladas, trazidas da Argentina e Espanha.

No ranking dos principais fornecedores, a Itália lidera com 364 toneladas enviadas para a Ceasa/MS, seguida da Argentina, com 241 toneladas. A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) também teve participação, encaminhando 119 toneladas de frutas de outros países para Mato Grosso do Sul. A Argentina ainda forneceu 160 quilos de cereja e 58 quilos de figo, enquanto a Grécia exportou 20 toneladas de kiwi para o Estado.

Além desses países, permissionários da Ceasa/MS adquiriram 116 toneladas de produtos do Chile, 90 toneladas da Espanha e 70 toneladas de Portugal. Entre as frutas importadas estão pitaya, mangostim, rambutã, nêspera, physalis e mirtilo, vindas de diferentes partes do mundo.

Além das frutas, hortaliças também foram importadas. O alho, já mencionado, foi um dos destaques, além de 26 toneladas de cebola.

A Ceasa/MS ressalta que a importação dessas frutas exige logística específica, incluindo um rigoroso processo de seleção e acondicionamento em caixas adaptadas para evitar danos durante o transporte. “Após chegarem ao destino, elas são armazenadas em câmaras refrigeradas para preservar a aparência, o sabor e o frescor após milhares de quilômetros percorridos”, informa a instituição.

Para André Vasconcelos, um dos proprietários de uma das principais importadoras da Ceasa/MS, a variedade de frutas no mercado é o principal fator para o crescimento das importações. Mesmo quando há produção nacional, como no caso da maçã, há consumidores que preferem variedades específicas, como a Red Delicious, importada da Argentina, explica o empresário.

Além da demanda por variedade, a ausência de produção nacional de alguns produtos e o período de entressafra no Brasil também contribuem para o aumento das importações.

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