Sabor

Segredos da “churrascaria de posto” mais concorrida de Campo Grande

Ângela Kempfer | 16/07/2012 09:19
Luciano segura pedaço de cupim, antes de receber molho de pimenta.
Luciano segura pedaço de cupim, antes de receber molho de pimenta.

Do estereótipo de uma churrascaria de posto, a Figueira só tem a localização. Criada para atender caminhoneiros e motoristas que passam por Campo Grande, em dez anos o lugar foi ganhando fama.

O prédio simples na saída para Cuiabá foi reformado, passou de 90 para 210 lugares, e agora é um dos mais sofisticados da cidade, com fila de espera dos clientes aos finais de semana. São quase 400 almoços servidos só aos domingos.

O salão tem a arquitetura da moda, tijolos de demolição trazidos do Rio Grande do Sul. A letra manuscrita em um deles indica a data de produção: 18 de setembro de 1953.

Mas tudo isso é detalhe. O que atrai tanta gente é o cardápio. Na mesa de 4 metros, o pastelzinho de goiabada com queijo é uma das diferenças importantes na mistura com o churrasco.

“Colocamos um dia e todo mundo adorou. Então continuamos”, lembra o proprietário João Francisco Fornari Denardi.

Churrascaria foi ampliada e ganhou tijolos antigos, de 1953.
Dentre as sobremesas, sagu feito com vinho gaúcho.

A fórmula, diz ele, é o cuidado com os detalhes. Na parte de sobremesas, por exemplo, o sagu (típico doce gaúcho) é feito com vinho da colônia, sem adição de açúcar e é servido com um creme de baunilha, combinação também tradicional.

“É com vinho do Rio Grande do Sul e o próprio açúcar da uva é que adoça o sagu”, explica João Francisco.

Desde o início, um mix básico de carnes entra no espeto e, com a experiência, a relação de cortes e sabores começou a ser incrementada, com porco temperado em ervas, linguiça feita em casa com queijo e carneiro.

O churrasqueiro Luciano Severino gosta de inventar e recentemente criou o “Cupim Tropical”. Depois de cortar o cupim bem fino, ele coloca o carne para curtir por um dia, banhada em uma mistura de 1 litro de limão e 1 litro de água.

Já no espeto, a carne começa a assar e quase ao fim do processo o churrasqueiro pincela um molho feito com Pimenta Bico, maionese e azeite, tudo batido no liquidificador.

O cupim virou outra novidade a prender a clientela. Na Figueira, o rodízio custa R$ 34,90 nos dias de semana; e R$ 38,90 aos sábados e domingos. A churrascaria fica na avenida Coronel Antonino, 3514.

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