Sabor

Rua Brilhante tem do churrasco ao hot dog a quilo, com cerveja por R$ 2,50

Anny Malagolini | 12/12/2013 06:33
No churrasquinho, a diferença é o tempero com ervas. (Fotos: João Garrigó)
No churrasquinho, a diferença é o tempero com ervas. (Fotos: João Garrigó)

A noite acontece sem problemas na periferia de Campo Grande. Sempre tem um "churrasquinho" por perto para matar a fome sem ir muito longe. Mas em algumas avenidas, esse "passeio gastronômico" é bem maior, com possibilidades para diferentes gostos e bolsos. A rua Brilhante, por exemplo, na altura da Vila Bandeirantes, tem de cachorro-quente por quilo a peixe, sem faltar a tradição da carne com mandioca.

Nos restaurantes, a maioria de estrutura improvisada, há pratos tradicionais da culinária sul-mato-grossense, como sobá e costelinha de pacu. O pastel é vendido em 3 locais e, para quem gosta desses lanches mais universais, há também coxinha e até pizzaria, inclusive com tamanho gigante de até 4 sabores. No cardápio, na promoção dá para gastar R$ 19,00 na pizza grande, por exemplo. Para a sobremesa, uma das alternativas é a rede de sorveterias no sistema self service.

Toda essa variedade está distribuída em 5 quadras, quase no fim da Brilhante. O certo é investir na rua a partir de terça-feira, porque muitos fecham as segundas, como o "Sobá do Japonês", o mais famoso pelo tempo na ativa.

A cerveja com preço de supermercado é uma das vantagens. No Picanhas’s Grill, no número 3.597, a cerveja Bavaria de 600 mls custa R$ 2,50. Fora isso ainda há a carne fatiada para acompanhar.

Há um ano e sete meses, o espetinho “Zaza”, na esquina das ruas Brilhantes e Mario Quintanela, não atrai pelo preço, mas sim pelo tempero da carne, que ganhou gosto de "Ervas de Provence".

Depois de assado, o espeto é passado em um molho feito com ervas, alho, cebola e azeite. “A receita foi aprendida com um tio que tem restaurante em Maringá”, comenta a proprietária, Malena Ribeiro Bellincanta, de 38 anos, que recebe do Paraná os temperos para preparar o condimento.

Para “fazer a diferença”, Malena explica que trouxe receitas da família para incrementar o espetinho, como a pasta de alho e a salada de repolho com gengibre e shoyo. “Queriam repolho no vinagrete, mas a mistura não agrada a todos”, comenta.

Há 14 anos morando no endereço, a casa fica na parte de cima do ponto de espetinho, que já foi até garagem. O nome “Zaza”, foi uma homenagem ao pai, que se chama Izaias. O espetinho custa a partir de R$ 9,00. O de frango tem esse valor e o de picanha sai por R$ 16,00.

Como o sabor está bem à mão, o restaurante entrou para a rotina dos namorados Marcelo Coelho, de 24 anos e Barbara Baptista Gusman, de 21 anos. "Pelo menos uma vez por semana a gente vem aqui comer o churrasquinho", diz ela.

(Foto: João Garrigó)
(Foto: João Garrigó)

A algumas quadras dali, no número 3.462, o cachorro-quente por quilo, da “Dog Moster”, ganhou a região. Há mais de um ano, o casal Sidmilton Silvio Pinheiro, de 29 anos e a esposa Hevelyn Bezerra dos Santos, de 24 anos, assumiram a direção do lugar, que antes também era uma "dogueria".

Sidmilton conta que o antigo dono, oferecia o sistema self service, mas para evitar o desperdício, decidiu inventar o cachorro-quente por peso. “As pessoas exageram e é uma forma de conter isso”.

A sala seria para vender doces, mas o antigo proprietário insistiu e convenceu o casal a continuar com uma “dogueria”. “Compramos a ideia dele", conta Hevelyn, que diz ter escolhido o ponto por ser perto de casa. Mas depois veio a informação desagradável. "O lugar aqui tinha má fama, teve gente que passou mal", explica reforçando que o desafio agora é oferecer o melhor produto para reverter a imagem do ponto, deixada pelo antecessor.

São 90 tipos de recheios, intercalados durante a semana, e no fim 40 são expostos para serem servidos. O quilo custa R$ 19,99.

Além dos ingredientes tradicionais, como salsicha e molho, a casa também oferece pastas, saladas, maioneses caseiras com sabores, frango, strogonoff e até carne moída.

Pela primeira vez na dogueria, a costureira Vanessa Raquel, de 28 anos foi conhecer o local pela sugestão de um amigo. O cachorro-quente montado por ela custou R$ 7,98. “A gente serve o que quer e por um preço justo, aprova.

Mas o nome vai ter que ser mudado. Em São Paulo, existe uma casa com o mesmo. Sidmilton aproveita para pedir contribuições. “Podem me sugerir um novo nome, estou aceitando”.

O local não abre apenas às quartas-feiras “pelo fraco movimento”, explica Hevelyn. E fica aberto nos demais dias das 18h30 às 23h30.

(Foto: João Garrigó)
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