Sabor

Qual comida é a cara de sábado? O Lado B faz o roteiro da feijoada na cidade

Paula Maciulevicius | 12/07/2013 07:24
“Tem a opção normal e a light. Só que de light não tem nada”, brinca Solange Castelão. (Fotos: Marcos Ermínio)
“Tem a opção normal e a light. Só que de light não tem nada”, brinca Solange Castelão. (Fotos: Marcos Ermínio)
No Figueira, feijoada se alia ao churrasco. As duas paixões do brasileiro no mesmo cardápio.

É da alma do brasileiro ter à mesa feijoada em dia de sábado. Só de pensar no cardápio, o cheiro do feijão no fogo e o som do pagode ou chorinho já faz a trilha sonora do final de semana. No bairro Tiradentes, um restaurante adapta o self-service ao prato principal do dia do descanso, o resultado é: mais de 100 clientes todo sábado há 12 anos.

O restaurante ‘roxinho’, chamado Companhia da Comida, fica na avenida Marquês de Lavradio. A dona, Solange Maria Castelão, 58 anos, é quem fica de olho na cozinha ao mesmo tempo em que cuida do caixa. A simpatia em pessoa, toda produzida, ela fala que a intenção da casa é servir famílias e que os clientes são fieis. De segunda à sexta, o restaurante serve o comercial, mas é aos sábados que o sambão rola à solta, mas apenas pelo aparelho de DVD.

A feijoada começa a ser servida às 10h30 e a cozinha encerra às 15h. A porção é levada até a mesa, com arroz, couve, farofa, laranja e um vinagrete todo especial, por R$ 18. Os pratos aí servem duas pessoas.

“Tem a opção normal e a light. Só que de light não tem nada”, brinca. Lá, como na maioria dos restaurantes, orelha, pé e rabo do porco ficam em panelas diferentes.

Ao mesmo gosto da feijoada, o vinagrete é feito com o caldinho do feijão, acrescentado ao tomate, cebola, cheiro verde e pimenta.

Tradicional há mais de 15 anos, o Bar da Madá, chega a atender 400 pessoas num sábado. Lá a feijoada é servida em porções.

“Aqui são duas panelas cheias e sempre tem uma reserva, são mais de 20 quilos de feijão”, anuncia Solange.

E que tal unir as duas maiores paixões na cozinha? É o sábado dentro do domingo. Feijoada acompanhada de churrasco, no posto Figueira, na avenida Coronel Antonino. Entre o buffet variado e a carne suculenta, ela está ali e, também, com as partes do porco em separado.

“A gente quer diversificar o público e tem aquela pessoa que quer churrasco e a que quer feijoada. Aqui é onde a família encontra os dois” explica o gerente Mauro Doridon, 28 anos.

No estabelecimento, que começa a servir às 11h e fecha as portas da cozinha às 15h, o buffet, onde a feijoada está inclusa, custa R$ 28. Já o serviço completo, com o churrasco, custa R$ 42 por pessoa.

E se quiser curtir um chorinho e a feijoada à moda arretada, o convite vem dos altos da avenida Afonso Pena, no Real Botequim. Além de cada tipo de carne estar em uma panela diferente, o caldinho de feijão pode ser servido num canequinho charmoso, na cor vermelha. Estilo que remete à nostalgia. À mesa, o cliente também pode servir das batidinhas à vontade.

O prato promete seguir a culinária típica nordestina e no tempero, procura manter as raízes de lá, como cominho e coentro. Das 11h30 às 16h, a feijoada é servida todos os sábados, no valor de R$ 25,90 por pessoa e à vontade.

O prato inclui farofa, torresmo, vinagrete, mandioca e banana frita, arroz, couve e laranja.

As mesas na calçada, nas ruas, a Vila Carvalho tomada pelo samba e MPB. Não é preciso nem maior descrição para já saber que o Lado B está falando do Bar da Madá, na rua Joaquim Manoel de Carvalho.

Tradição há mais de 15 anos, a protagonista do sábado é servida em porções, que vão de individual até três pessoas. Para encher um só o valor é R$ 25, para duas pessoas: R$ 32 e um trio ficar satisfeito, a feijoada sai a R$ 42.

A porção inclui arroz, salada, laranja, abacaxi, torresmo, mandioca e banana frita, farofa e o vinagrete de caldo de feijão.

“Por quê está sempre lotado assim? Porquê aqui é a melhor feijoada”, define a dona do bar, Renata Christóforo, 42 anos. O Bar da Madá serve feijoada das 12h às 18h, todo santo sábado.

E se depois de tudo isso já te deu água na boca? Num giro pela cidade, o Lado B fez um roteiro de opções para se deliciar na feijoada. E se você tiver mais opções, acrescente aí nos comentários.

Novotel - Das 12h às 16h, com música ao vivo. A feijoada é à vontade e o preço por pessoa sai a R$ 42 para adulto e R$ 21 para crianças entre 6 e 12 anos. O restaurante fica na avenida Mato Grosso, nº 5556.

Chope Mestiço: Mais conhecido como antigo Meat Bar, o prato é servido das 11h às 15h com duas opções: por pessoa e à vontade no valor de R$ 23,90 ou por quilo, a R$ 30,90 cada. O restaurante conta com música ao vivo e funciona dentro do Comper Jardim dos Estados, rua Ceará, nº 155.

Aruanã – Das 11h30 às 16h, o buffet à vontade é oferecido por pessoa, a R$ 40. Além do buffet contar com uma variedade de saladas, para quem não gosta de feijoada, o restaurante também serve frango grelhado. No local, além de parque com monitora para crianças, há música ao vivo. O endereço de lá é rua Rui Barbosa, nº 3987.

Park’s – Uma das feijoadas mais tradicionais da cidade ao som de Maria e Bugalu. O prato é servido das 12h às 17h, com música ao vivo a partir das 13h. O valor é de R$ 32 por pessoa e também está lá à vontade, rua Itacuru, 140, Itanhangá Park.

Tábua – A rua Antônio Maria Coelho, esquina com a Brasil ganha ares de festa aos sábados. O restaurante oferece a feijoada das 11h30 às 16h, por R$ 27 e quantas vezes quiser. O ritmo é dado pelo pagode de Gideão Dias.

No Real Botequim, o tempero é arretado e a mesmo o prato sendo feijoada, a comida não arreda o pé e tem gosto do Nordeste.
Nos siga no