Sabor

Fila por bolo caseiro faz pipocar casas especializadas em receita de mãe

Ângela Kempfer e Anny Malagolini | 27/07/2012 09:43
Fim de tarde é hora de fila na Casa dos Bolos, na Arthur Jorge, quase esquina com a Mato Grosso.
Fim de tarde é hora de fila na Casa dos Bolos, na Arthur Jorge, quase esquina com a Mato Grosso.
Atendentes não param no vai e vem de bolos. (Fotos: Rodrigo Pazinato)

As filas diárias em frente a primeira casa de bolos caseiros de Campo Grande fizeram o número de lojas especializadas nesse tipo de produto crescer do dia para a noite. A ideia veio de Brasília, começou com um ponto na rua Arthur Jorge e agora são pelo menos 5 projetos iguais em implantação na cidade.

A “Casa dos Bolos” abriu as portas há um ano vendendo simplicidade. No balcão, o empresário brasiliense Gustavo Peixoto, 31 anos, colocou receitas clássicas, como bolo de laranja, cenoura, fubá, Formigueiro... e algumas mais diferentes, como de maracujá, ameixa e integral de maça com nozes. Ao todo, são 23 tipos, todos com aquele furo no meio e gosto de comida de mãe.

O preço, de R$ 8,00 a R$ 15,00, e o cheiro de assado na hora, logo fizeram lotar a loja, que depois das 16 horas começa a receber filas de clientes a espera do bolo quentinho.

Durante 6 anos, Gustavo viveu entre Campo Grande e Brasília e quando resolveu trazer de lá a ideia dos bolos não imaginava que chegaria a vender 300 por dia.

A conquista foi pelo estômago. Pelo menos duas vezes na semana, Luis Lima, 38 anos, vai a loja para comprar, principalmente o de milho e o de banana. “O bolo caseiro é uma alternativa ao pão francês, nós brasileiros somos viciados nele”, comenta.

Nelia Menezes, 69 anos, espera na fila sem reclamar. “Vale à pena para poder comprar o bolos de laranja e ameixa, meus favoritos”, explica.

Elcina Campitelli, 41 anos, é cliente assídua desde janeiro deste ano. “Compro aqui pelo menos um vez por semana”. A explicação é simples: “Além da praticidade, não tem conservante, e o gostinho é caseiro mesmo”.

Elma e a mãe abriram outra loja especializada na rua Amazonas, esquina com a Rui Barbosa.

Concorrência - Passando pela Arthur Jorge em tarde de aglomeração na Casa dos Bolos, Valdena Queiroz Negreli, 55 anos, não teve dúvidas. Boleira desde muito cedo, a viúva há 18 anos procurou a filha e juntas decidiram investir no mesmo tipo de negócio. “Minha mãe sempre cozinhou. São bolos que como desde pequena”, conta a filha Elma Negrelle.

As duas abriram concorrência com a “Fábrica de Bolos” na rua Amazonas. A lista de sabores é praticamente a mesma e os preços vão até R$ 12,00. No primeiro dia de funcionamento, ontem, 12 bolos foram produzidos, mas a expectativa é de muito mais. “Como lá a fila é grande, aqui somos uma alternativa”, lembra Elma.

Também de carona na ideia de Gustavo, outras 4 casas de bolo caseiro devem abrir em Campo Grande nas próximas semanas ou já funcionam, uma na Rua Monte Castelo, outra na Bom Pastor e a terceira na Brilhante, além de uma filial da Casa de Bolos na rua Vitório Zeola.

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