Sabor

Comida mineira para funcionários fez tanto sucesso que virou restaurante

Ideia inicial de Maurício era apenas atender suas equipes, mas freguesia apareceu e deu força para o negócio

Por Aletheya Alves | 30/01/2025 06:15
Comida mineira para funcionários fez tanto sucesso que virou restaurante
Tutu à mineira vai acompanhado de arroz, feijão, ovo frito e torresmo. (Foto: Marcos Maluf)

Quando negociou um endereço na Rua Padre João Crippa, Maurício Montazolli apenas queria montar a cozinha que forneceria almoço aos seus funcionários. No entanto, a implementação da comida mineira chamou a atenção de quem passava em frente ao local. No fim das contas, o que seria um pequeno espaço ganhou força, passou por reformas e, agora, oferece de tropeiro a tutu à mineira por R$ 22 toda semana. E vale muito a pena conhecer! 

RESUMO

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O restaurante O Mineirinho, em Campo Grande, surgiu de forma inesperada. Inicialmente, o proprietário Maurício Montazolla planejava apenas fornecer almoço para seus funcionários, mas a comida mineira fez tanto sucesso que ele decidiu abrir o espaço para o público. O restaurante oferece pratos típicos mineiros, como tutu, tropeiro e feijoada, a preços acessíveis. A decoração inclui itens antigos e uma bananeira, que foi preservada durante a reforma do local. O Mineirinho funciona de segunda a sábado, no horário de almoço.

“Eu comecei o restaurante de uma forma totalmente por coincidência”, resume o empresário responsável pelo O Mineirinho. Aberto ao público há menos de um ano, o espaço surpreende quem vê o portão e imagina que as mesas disponíveis estão apenas na parte da frente. 

E isso até faz sentido, já que o começo da história parte dali, mas os curiosos acabam descobrindo que, nos fundos, há uma área com direito a bananeira, telhado retrátil e decoração afetiva. 

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Para entender melhor como o Mineirinho surgiu com alguém que nem de Minas Gerais é, o motivo de ter uma bananeira por ali e focar nas refeições longe de preços altos, Maurício vai para o início de tudo. 

Proprietário de uma rede de lojas, o empresário mantinha um refeitório no segundo andar de uma das unidades. Ali, os funcionários garantiam o almoço por um valor simbólico e assim seguiu sendo por um bom tempo. 

“Esse refeitório ficava ali na Rua Barão do Rio Branco porque nossas lojas são bem centralizadas. E só na loja do prédio, a gente atendia mais ou menos 40 funcionários. Com o tempo, decidimos que a gente precisaria desse andar em que era o refeitório e decidimos mudar a forma de servir o almoço”, introduz.

Quem prefere pratos mais comuns, também há opções de bife. (Foto: Marcos Maluf)
Bananeira foi preservada durante a ampliação do espaço e é coberta por teto retrátil. (Foto: Marcos Maluf)

Com isso em mente, Maurício decidiu passar a produzir marmitas e entregar em todas as lojas aos funcionários que quisessem. A questão do endereço ainda precisava ser resolvida e, assim, ele decidiu negociar a casa que estava à venda na Padre João Crippa. 

O empresário relata que foi necessário realizar uma reforma para adaptar a cozinha, mas nada grandioso inicialmente. E, como as marmitas já estavam sendo produzidas aos funcionários, ele decidiu abrir o portão para caso alguém que passasse pela rua se interessasse, pudesse também comer. 

“Nós abrimos sem pretensão de ampliar porque já estávamos com a cozinha aqui em funcionamento. Quando fizemos isso, algumas poucas pessoas vinham comprar e, conforme o tempo passou, fomos surpreendidos até chegar no ponto de que agora tem cliente pedindo para entregar nosso tutu lá no bairro Noroeste”. 

Conforme a demanda pela comida seguiu aumentando, a cozinha e o espaço inicial já não conseguiram ser suficientes. Então, Maurício decidiu reformar o restante do espaço. 

Nos fundos, espaço que guarda a maior parte das mesas, havia apenas uma área sem cobertura e com vegetação. Aqui é que entra a bananeira. 

“Antes da reforma, aqui era bem diferente e eu vinha acompanhar a obra, via a bananeira com os passarinhos em volta dela de manhã e ficava com dó de tirar ela, porque sou um cara que gosta de plantas. Claro que seria muito mais fácil só tirar ela do que manter e precisar fazer um teto retrátil, mas pensei: ‘em qual lugar a pessoa vai para almoçar comida mineira e ainda pode ter uma bananeira como vista?’. E aí resolvi manter”.

Itens antigos que Maurício guardava em casa integram a decoração. (Foto: Marcos Maluf)

Para deixar a bananeira seguir crescendo, a luz do Sol não poderia ser tampada, então veio o projeto arquitetônico com o teto retrátil. Além de ajudar a planta, também auxilia no controle do clima no ambiente e na iluminação. 

Todos esses detalhes foram tomando força, mas sem se esquecer da comida mineira que atraiu clientes inesperados, Maurício também incluiu objetos na decoração que combinassem com a ideia do ambiente. 

“Eu tinha alguns itens antigos em casa e expliquei para a arquiteta, perguntei se faria sentido. Então foi assim que eu trouxe vitrola, uma televisão antiga e outras peças. Agora, estamos organizando para colocarmos uma fotografia grande do José Antônio, que é fundador da cidade e também é mineiro, para abrir uma galeria de fotos no corredor. Ao lado dele, teremos também várias fotografias de Minas”. 

Comida mineira

Agora, falando da tal comida mineira, Maurício deixa claro que não é de Minas Gerais, mas que morou em Belo Horizonte e se apaixonou pela culinária. Mantendo amigos no estado, aproveitou o apelido de um deles, ‘Mineirinho’, para dar nome ao local e convidou a ex-sogra, que é mineira, para palpitar nas comidas. 

“A gente já cozinhava, mas eu quis garantir que a comida ficasse mesmo lembrando as refeições mineiras. Você precisa saber como não deixar o tutu muito seco, como fritar bem o torresmo e tudo isso a nossa equipe aprendeu”. 

Apesar de o prato feito mudar com frequência, três dias da semana são os ‘sagrados’ para quem gosta das comidas mais populares em Minas Gerais, como explica Maurício. Na terça, o tutu é o principal, na quarta é o tropeiro que faz diferença e, aos sábados, a feijoada marca presença, tudo com as orientações dos temperos mineiros. 

Já sem data definida, há também o feijão gordo (com bacon, linguiça e outros ingredientes que costumam estar na feijoada) e receitas que lembram comidas não tão comuns nos restaurantes de Campo Grande. 

No prato feito, há sempre o arroz, feijão, torresmo e outro acompanhamento como ovo ou iscas de carne. 

Para quem gosta de reforçar o almoço, também é possível pedir o bife acebolado (R$ 25), a cavalo (R$ 27) e parmegiana (R$ 29). No caso do torresmo, ainda há duas porções, sendo a menor R$ 17 e a maior R$ 30. 

Por enquanto, o restaurante funciona apenas durante o horário de almoço, abrindo às 10h e seguindo até às 14h, de segunda até sábado. Aos que quiserem conhecer, O Mineirinho fica na Rua Padre João Crippa, 2163, bairro Monte Castelo. 

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