Sabor

Com 60 rótulos de cerveja, loja prega “beba menos, beba melhor”

Fabiano Arruda | 11/06/2012 12:10
Proprietários da Casa do Chef discursam pela degustação das cervejas e a combinação com a gastronomia. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Proprietários da Casa do Chef discursam pela degustação das cervejas e a combinação com a gastronomia. (Foto: Rodrigo Pazinato)

De paixão nacional ao status de produto para degustação, a diversidade dos estilos de cerveja começa a ganhar corpo e ser opção para os campo-grandenses.

A Casa do Chef, que fica na Euclides da Cunha, trabalha com uma carta de 60 rótulos para agradar os mais exigentes paladares e prega beber menos, mas beber melhor, quebrando a mística de que só vinho pode ser degustado.

Tanto que a orientação para degustar a cerveja é a mesma: o movimento no copo para liberar o aroma da bebida, o primeiro gosto que fica na língua e um segundo que é o final.

Segundo os irmãos Renan e Renato Heimbach, proprietários da loja, a maioria dos consumidores brasileiros conhecem apenas as cervejas pilsen. “Mas o mercado começou a mudar. As cervejas diferentes começaram a ser encontradas até nas prateleiras de supermercados”, diz Renan, afirmando que a maior parte dos clientes vai até a loja para experimentar novos estilos.

Com preços que variam de R$ 5 a R$ 63, o estabelecimento criou um clube em que o cliente paga uma taxa mensal e recebe todo mês um kit com uma cerveja para apreciação.

Cerveja alemã é apontada como uma das mais vendidas do mundo.

Esta é uma das formas de aproximar o consumidor de estilos pouco conhecidos. A partir de provar, os clientes passam a comprar sem se importar tanto com o preço. “O clube aumentou as vendas das cervejas mais caras”, comenta Renato.

Além disto, os jovens proprietários da Casa do Chef destacam o “casamento” entre cerveja e gastronomia. “Cada bebida tem um tipo de comida recomendado”, complementa.

Trabalhando com os estilos de cerveja alemão, inglês e belga, os irmãos explicam sobre os diferenciais de cada uma e dizem que é preciso cada consumidor identificar o sabor mais agradável ao seu paladar.

A alemã é a mais tradicional no mundo pela lei da pureza, fabricada com água, malte, lúpulo e cevada. Em Munique há até a cervejaria municipal. As inglesas, por sua vez, são mais encorpadas, fortes e amargas. Já as belgas têm como diferenciais a utilização de tempero e o tom adocicado.

Mas as brasileiras são os carros chefes da loja, garantem, citando como exemplo a cerveja Moagem, de fabricação artesanal, feita em Campo Grande.

De fabricação artesanal e produzida em Campo Grande, Moagem segue estilo belga e cai no gosto dos apreciadores.

Passada a aula sobre os estilos, a loja ofereceu uma degustação de quatro cervejas de gostos totalmente diferentes para a reportagem do Campo Grande News. A parte mais interessante do trabalho, vale destacar. Todas fogem do gosto convencional da cerveja tanto amado pelos brasileiros, mas servem como atrativos os apaixonados por desbravar sabores.

Karavelle Keller: - Cerveja pilsen, não é filtrada e tem tempo de maturação maior, deixando-a mais encorpada e até uma um aspecto de “sujeira” no fundo da garrafa.

Bamberg Alt: - Cerveja brasileira que ganhou prêmios na Europa. Segue a escola alemã e é mais maltada, tendo como uma das características o cheiro de cereal e a mistura de amargor, acidez e doce.

Köstriber: - É apontada como uma das cervejas mais vendidas no mundo. Fabricada apenas na Alemanha, é até difícil de encontrar no Brasil. Cerveja preta, mistura os sabores de café e chocolate.

Moagem Dubbel: - Cerveja de fabricação artesanal e produzida em Campo Grande, é apontada como um dos principais destaques da loja. Tem 11 sabores e segue o estilo belga. A cor é marrom e o gosto é mais complexo de identificar, por conta dos temperos, mas é possível sentir tons de acidez e doce.

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