Sabor

Avenida Marinha tem sanduíche "X-Coophavila" e espetinho com samba de roda

Paula Maciulevicius | 17/12/2013 06:15
A avenida reúne diferentes tipos de culinária, mas com uma característica comum: do lado de lá do balcão estão os conhecidos 'seo' fulano e dona ciclana. (Fotos: João Garrigó)
A avenida reúne diferentes tipos de culinária, mas com uma característica comum: do lado de lá do balcão estão os conhecidos 'seo' fulano e dona ciclana. (Fotos: João Garrigó)

A avenida Marinha já favorece o comércio pela largura. Na principal via do bairro Coophavila II é possível colocar mesas e cadeiras e fazer da calçada a extensão dos bares e restaurantes. O que não falta na região é opção e público. Um dos bairros mais populosos de Campo Grande transformou a avenida de maior movimento num roteiro gastronômico.

Tem para todos os gostos, de cachorro quente, espetos, lanches, porções e pastel para forrar a noite. A Marinha reúne diferentes tipos de culinária, mas com uma característica comum: os donos são comerciantes que moram no bairro há anos e escolheram ganhar a vida perto de casa.

Do lado de lá do balcão estão o ‘seo’ fulano, a dona ciclana ou o jovem empresário que decidiu aproveitar a fama no ramo de eventos para investir no comércio de espetinhos com música ao vivo. No Morena Espetos e Porções, o proprietário Marcos Cleiton Concha, de 28 anos, foi criado no bairro e depois de administrar uma loja de ferramentas, decidiu oferecer mais uma opção de lazer aos vizinhos.

Sócios: Marcos e Deisy, trabalham e moram no bairro que classificam como 'movimentado' com público que gosta de sair de casa.

O comércio está aberto há dois meses e já é o mais movimentado da região. “Na verdade mexo com evento de música e achei que tinha tudo a ver”, explica. A sócia, Deisy Paina, de 30 anos, acrescenta “o bairro é muito animado e as pessoas não gostam de ficar em casa. Uma coisa liga a outra”.

O lugar oferece espetinhos de carne, frango, linguiça, coração e queijo a partir de R$ 3,50 e ainda com repertório de música ao vivo de quinta a sábado. Na quinta é sertanejo, seguido de samba de roda na sexta, pop rock no sábado e samba de novo no domingo.

No cardápio estão porções de calabresa, batata frita, frango a passarinho e costelinha de pacu, além de uma variedade nos sabores de caipirinha, como caju, morango e laranja.

Quem não quer ir até lá tem a opção de pedir em casa, a entrega é grátis num raio de até quatro quilômetros. Os planos são de expandir a diversificação e colocar, pelo menos um dia da semana, rodízio de comida japonesa. “Será às quartas-feiras, quando um amigo meu que é chef de cozinha japonesa tem folga”. O rodízio deve começar em duas semanas.

Cachorro quente - No bairro, o movimento começa hoje, terça-feira e segue até domingo, a partir das 18h em todos os estabelecimentos. Com a escrita diferenciada, a casa de cachorro quente “Mai Dog” bomba na região. A televisão de tela plana na calçada não deixa ninguém perder a novela.

O impressor Eder Pereira da Silva, de 46 anos, mora há mais de 30 no Coophavilla e faz tanta propaganda do cachorro quente que até gente do Centro vem para experimentar.

“É o melhor que eu já comi, com certeza. É o molho, não sei o que é, mas é uma delícia” comenta.

A dona não é muito de papo e no caixa prefere ser direta aos clientes. Ela só se identifica como Ivete e diz que abriu a casa de cachorro quente por gostar muito do bairro.

Vizinho trouxe amigo do Centro para provar do melhor cachorro quente da cidade.

Quando o Lado B pergunta do movimento, ela diz que graças a Deus é sempre lotado. Já o segredo do molho... “Ah, não falo mesmo” e cai na risada. Pelo visto, o tempero é guardado a sete chaves.

No menu opções que vão de R$ 4 até R$ 10. O público pode pedir sem medo de ficar com fome, porque o tamanho é generoso. Tem hot dog dos tradicionais e o “mai dog” que são os prensados, desde os simples, ao duplo com alface, batata, catupiry, linguicinha de frango e calabresa.

Pastel - Um pouco mais adiante, está o Hora Extra Porções e Companhia, onde os donos são todos de uma só família. A comerciante Renata de Almeida, de 23 anos, nasceu e se criou pelas bandas. Aos ouvidos dela, sempre chegam elogios e os depoimentos de quem sai do Centro para comer o pastel dali. “Eles falam que é a nossa massa que é gostosa e diferente e por ser bem recheado”, afirma.

Nos tamanhos pequeno e grande, a casa oferece pasteis a partir de R$ 3,50 nos sabores: frango, pizza, carne, queijo e mistos.

Sanduíches - A história da Confraria do Lanche veio depois do proprietário Hélio Marques, de 42 anos, deixar o trabalho no financeiro da Funlec. Foram 15 anos mexendo em documentos para agora trabalhar na produção de sanduíches e porções no próprio bairro.

“Depois de sair eu vi a oportunidade de abrir um negócio. Sou eu e mais três funcionários. Mão de obra do bairro, para atender cliente amigo”, ressalta.

O menu foi criativo e homenageou a região. A casa serve o "X-Coophavila", "X-Marinha" e claro, o especial "X-Confraria". O lanche que leva o nome do bairro é feito de pão, maionese, tomate, alface, hamburger, apresuntado, mussarela e ovos e sai por R$ 9,00. Mais simples, a versão Marinha, leva além de pão, maionese, tomate e alface, calabresa, apresuntado e mussarela por R$ 5,75.

A especialidade da casa tem filé mignon, bacon, calabresa, salsicha, ovos, apresuntado e mussarela, o sanduíche é vendido por R$ 15,00.

Rua tem música ao vivo com repertório variado: de sertanejo, a pop rock e samba de roda.
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