Sabor

Aos poucos, rua Zulmira Borba diversifica sabor, com dogueria e comida caseira

Aline Araújo | 26/10/2014 08:47
Dogueria é uma dos opções na hora da fome. (Foto: Marcelo Victor)
Dogueria é uma dos opções na hora da fome. (Foto: Marcelo Victor)

Campo Grande cresce e os bairros, naturalmente, ficam mais longes da área central. Ai surge a oportunidade esperada para quem quer abrir uma lanchonete, restaurante ou bar. A rua Zulmira Borba, no bairro Nova Lima, é uma, dentre tantas outros endereços já mostrados aqui no Lado B, que começa a ser opção para quem quer conhecer melhor a cidade.

Aquele trailer que vende um x- salada ou um cachorro quente perto de casa já é tradição na cidade, mas andando um pouco, dá para descobrir variedade.

Ao longo da rua, que concentra estabelecimentos comerciais variados durante o dia, alguns pontos se iluminam pela noite para oferecer uma opção de refeição. A maioria está ali há pouco tempo, mas não se arrepende de ter escolhido a avenida para montar o seu negócio e trabalhar.

 

Euros trabalha com lanches há mais de 15 anos. (Foto: Marcelo Victor)

Um bom exemplo é o Euros Lanches, um dos três trailers na rua. O negócio funciona dentro do terreno onde a família mora, e os planos, no futuro, é transformar a pequena estrutura em uma cozinha industrial, toda azulejada em branco, como exige a vigilância sanitária.

Por enquanto, Euros Cláudio do Nascimento, de 52 anos, trabalha no mesmo trailer em que fez lanches na Avenida Afonso Pena durante mais de 15 anos. “Quando a gente foi obrigado a sair de lá, eu não quis ir para a rodoviária, ai juntei o que tinha e preferi construir aqui”.

A obra começou, e apesar de estar tudo “ajeitadinho” ela ainda não terminou. “Eu queria abrir só quanto estivesse tudo pronto, mas ai o dinheiro acabou e o jeito foi voltar a trabalhar e ir arrumando aos poucos”, explicou. O campeão de vendas ali é o X-Baguncinha, um clássico que oferece de tudo um pouco entre o pão.

Quem não trabalha fora de casa, ajuda ali com o restaurante, que de dia serve comida caipira, com um "gostinho bem caseiro", garante, e a noite serve batata recheada, churrasquinho e pizza, que Ivanor fez questão de aprender a fazer para diversificar o cardápio.

Ricardo escolheu o bairro para abrir o primeiro negócio. (Foto: Marcelo Victor)

Mesmo com os contratempos está tudo dando certo, o empresário só elogia a freguesia do trailer. Com o novo empreendimento as coisas mudaram um pouco, quando trabalhava na Afonso Pena ele só gerenciava, agora teve que voltar à chapa, mas para ele sem problemas, faz parte da nova empreitada.

O lote ainda não tem número, mas com o banner enorme anunciando os lanches e o bifão na chapa é fácil de encontrar a lanchonete na rua.

Para quem não quer o lanche convencional, também na Zulmira Borba funciona a "Casa Caipira", que serve batata recheada, churrasquinho e pizza à noite. O tempero muda durante o dia, com comida caseira, preparada pela família Cruz Souza. São 12 pessoas sobre o mesmo teto, envolvidas na rotina do restaurante.

O chefe pe Ivanor Tobias da Cruz, de 45 anos, que saiu da Pontinha do Cocho para apostar no Nova Lima. Com a culinária um pouco pantaneira, um pouco mineira, ele foi buscando referências para ir ampliando o cardápio e agora oferece comida simples, mas diversificada.

Dogs - Ricardo Castro, de 26 anos, é outro empresário da Zulmira Borba. Há cinco meses criou a dogueria Mister Dog. A lanchonete é simples, mas tem um ar moderno. No cardápio, as opções de cachorros quente tem ingredientes como queijo cheddar, purê e requeijão. Também há sanduíches, mas para ser diferente são feitos com hambúrguer caseiro. Os preços são bons, uma vantagem da periferia, variam de R$ 4,90 a R$ 6,90.

No domingo, o Mister Dog diversifica ainda mais, vende frango assado, acompanhado por porção de arroz e farofa de calabresa, por R$ 21,00.

A dogueria vai muito além do nome, também serve caldo verde com couve e calabresa e caldo de feijão com bacon. 

Na Zulmira Borba, normalmente as lanchonetes e restaurantes abrem às 18h30 e fecham às 23h30.

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