Sabor

Amigos que vendiam lasanha na faculdade abrem restaurante 12 anos depois

Aline Araújo | 08/06/2015 06:45
A lasanha que ficou famosa na faculdade ganhou espaço no cardápio. (Foto: Fernando Antunes)
A lasanha que ficou famosa na faculdade ganhou espaço no cardápio. (Foto: Fernando Antunes)

A vontade de viajar era grande, passar o Carnaval no interior, mas sabe como é vida de universitário... A grana é pouca e para planejar programas assim é preciso trabalhar, então os amigos Rafael de Nadai e Flávio Yamaura resolveram vender lasanhas.

Eles realizavam eventos na casa do Rafael, que sempre gostou de cozinhar, ou vendiam para o cliente receber a porção na marmita que era entregue por Flávio. Isso há 12 anos, quando os dois eram colegas de turma no curso de Administração.

O restaurante tem três ambientes (Foto: Fernando Antunes)

Com a vida de formado, a amizade continuou firme, mas as carreiras tomaram rumos diferentes. Flávio trabalhava em uma distribuidora de aço e Rafael era consultor de projetos, morou em várias cidade do Brasil até voltar para Campo Grande em dezembro.

O reencontro dos dois deu origem a um sonho, há muito tempo guardado, o de virarem sócios, desta vez com CNPJ e muito carinho envolvido. Assim nasceu o Nayá, da junção dos sobrenomes dos dois e da vontade de tocar o próprio projeto.

Rafael transformou o hobby de cozinhar em profissão oficial é ele quem comanda a cozinha. Flávio cuida da mesma coisa que cuidava no tempo das lasanhas, faz as compras, dá atenção aos clientes que chegam e toma conta da parte financeira.

O restaurante preza pelos sabores regionais, tem um pouco da essência da cozinha de fronteira e da comida tradicional de Mato Grosso do Sul. Os pratos são executivos e cada dia o cliente pode escolher entre três opções.

Rafael e Flavio transformaram amizade em sociedade. Fernando Antunes)

Alguns dos pratos servidos no Nayá são rabada, moqueca de pintado, Moqueca à Pantaneira, carne de sol na manteiga de garrafa com feijão fradinho, tudo servido no almoço. Um prato um pouco mais convencional como lasanha, carreteiro, vem com a opção de um grelhado.

Arroz, feijão, salada, legume refogado, batata gratinada são opções de acompanhamentos. Os preços vão de R$ 15,00 a R$ 19,00. Ainda tem a sobremesa, que o cliente escolhe. Essa semana eram dois mousses de limão siciliano e de chocolate.

“Esse é um dos nossos conceitos, trabalhar com comida saborosa, mas a um preço justo. A gente vê alguns excessos nessa glamourização da gastronomia. A nossa ideia é oferecer um ambiente aconchegante o comer uma comida bacana, mas para todo mundo”, comenta Rafael.

Mousse de limão e de chocolate na sobremesa. (Foto: Fernando Antunes)

O restaurante tem uma varanda e duas salas na parte interna. A decoração é simples, mas charmosa e lembra elementos da cultura regional com carros de boi, por exemplo.

A iniciativa de focar na culinária regional trouxe também muitas receitas de família. Rafael tem avó paraguaia de um lado e família italiana do outro, o gosto pela cozinha acompanha ele desde a infância. O incentivo para assumir de vez a paixão como profissão veio do amigo, que sempre sonhou em ter o próprio negócio.

O restaurante que abriu há pouco menos de um mês fica na Avenida dos Estados, 21, quase esquina com a rua 25 de dezembro. Abre de segunda a sábado, na hora do almoço, de 11h às 14h.

(Foto: Fernando Antunes)
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