Moda

Em cima do salto, cuidado para não parecer uma girafa recém-nascida

Paula Maciulevicius | 08/08/2013 06:58
Há quem diga que é questão de costume, outras que a postura é quem manda no desfile, mas verdade seja, quem nunca sofreu no fim da noite por um salto? (Fotos: Cleber Gellio)
Há quem diga que é questão de costume, outras que a postura é quem manda no desfile, mas verdade seja, quem nunca sofreu no fim da noite por um salto? (Fotos: Cleber Gellio)

Do trabalho à balada ele está sempre nos pés. O melhor amigo das baixinhas pode ser o grande vilão na noite. Que mulher nunca viu uma girafa recém-nascida na noitada? É que o salto até promete elegância, mas é o andar que completa, ou destrói, o look.

Uma saída em festas por Campo Grande e a gente consegue ver quem sabe e quem precisa de uns toques sobre como andar em cima do salto 15, plataforma, meia-pata ou anabela. Há quem diga que é questão de costume, outras que a postura é quem manda no desfile, mas verdade seja, quem nunca sofreu no fim da noite por um salto?

A estudante de Fisioterapia, Heloísa Ecard, de 20 anos, que o diga. Ela joga logo aos quatro ventos “é costume, porque confortável não é, mas a gente usa pela beleza né? A amiga, Francislaine Ferreira, de 22 anos, confirma “é prática. Quanto mais andar melhor vai ser”. As duas usavam sapato meia-pata e salto fino.

Amigas Heloísa e Francislaine concordam que a prática é que leva à perfeição no andar.
Ela que já trabalhou como modelo socorre ao namorado na hora de subir e descer degraus.

Às vezes os pés ainda obedecem um andar mais elegante no início da noite, mas no fim da balada, é preciso muita disposição para andar com classe. A estudante Caroline Resende, de 18 anos, dá a dica. “Plataforma é melhor, mas no fim da noite, não dá, o pé está uma b.... E o jeito é só sentando mesmo”, relata.

Entre ela e as amigas, uma coisa é unânime, quem não sabe andar de salto parece mesmo uma girafa recém-nascida. “Não sei se é falta de equilíbrio, mas às vezes elas não tem opção de não por salto”, dizem.

Para o consultor de moda Márcio Massad, andar de salto é como pedalar. Realidade na capital paulista, o que falta em Campo Grande são cursos de como andar sem errar. Como a prática vai além da teoria, ele tenta explicar que um dos critérios está no tamanho da pessoa. “De acordo com a altura e a postura dela. Minha dica é começar pelo salto anabela, que são inteiriços, do que o agulha. Ajuda ela a aprender a se acostumar com a altura do salto”, ensina.

Sobre o fato de às vezes as mulheres saírem sem nem perceber o quanto o andar deixa a desejar, ele brinca. “É uma questão de simancol, ela acha que está andando bem e não está. É uma questão da segurança dela”, afirma.

Hoje estagiária de Direito, Klincy Kelly, de 19 anos, conta que já trabalhou como modelo. As aulas de passarela ajudaram ela a trazer para as calçadas o que aprendeu nos desfiles. “Foram várias vezes praticando, mas se não sabe, tem que pesquisar, perguntar pra quem sabe andar como funciona”, comenta. Ao lado do namorado que muitas vezes é usado como ‘corrimão’, ela fala que ajuda mesmo só vem dele em caso de degraus.

Quem tem dúvida sobre andar em cima do salto pode começar a optar pela meia-pata, anabela e saltos mais grossos. “Isso ajuda muito se a pessoa quer andar com uma estabilidade a mais”, finaliza.

Na dúvida, um salto menor ou a meia-pata pode ser a salvação da noite.
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