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Ys VIII é uma aventura única no Nintendo Switch; Confira nossa análise

Ricardo Syozi | 19/06/2018 08:00
Jogamos como Adol Christin, um aventureiro (como se autodenomina) que está viajando em um navio.
Jogamos como Adol Christin, um aventureiro (como se autodenomina) que está viajando em um navio.

A saga Ys pode não ser muito popular no Brasil, porém possui uma enormidade de fãs pelo mundo. Seu sistema que mistura ação, aventura e RPG, lembra muitos títulos como a série Tales Of e The Legend of Zelda. Ys VIII: Lacrimosa of Dana é, com certeza, o melhor para quem quer entrar na narrativa, mas também oferece muito conteúdo para os fãs de Adol, Dogi e tudo o mais desse universo.

A versão de Switch é um port das versões de PS4 e PS Vita lançadas em 2017. A diferença clara é que todo o conteúdo extra previamente disponibilizado por download vem incluso e gratuito. Isso já é uma ótima notícia. Além disso, todos os elementos da aventura estão lá como exploração, combate frenético em tempo real, diálogos muito bem dublados, e uma história interessante com vários elementos.

Jogamos como Adol Christin, um aventureiro (como se autodenomina) que está viajando em um navio enorme chamado Lombardia ao lado de seu fiel amigo Dogi. Após um ataque de uma criatura gigantesca, o veículo afunda, fazendo com que a maioria de seus tripulantes seja levada a uma ilha aparentemente deserta. A partir daí, o protagonista de Ys VIII passa a encontrar pessoas e a criar uma pequena comunidade enquanto desbrava o local cheio de monstros e mistérios.

A saga Ys pode não ser muito popular no Brasil, porém possui uma enormidade de fãs pelo mundo. A saga Ys pode não ser muito popular no Brasil, porém possui uma enormidade de fãs pelo mundo.

No meio de tudo isso, ainda passamos a conhecer a história de Dana, uma moça escolhida para ser um tipo de líder religioso. Por algum motivo, sua narrativa se entrelaça com a de Adol, fazendo a nossa atenção ficar cada vez mais presa à seus momentos. É assim que o game amarra o jogador: apresentando excelentes personagens, cada um com sua motivação e importância, sendo impossível não acabar escolhendo um para ser seu favorito.

A cada hora das mais de 30 que joguei de Ys VIII, uma coisa sempre vinha em minha mente: que trilha sonora maravilhosa! A verdade é que isso já é uma marca da série, suas músicas são muito bem orquestradas, criando a ambientação necessária para a jogatina. Gostei muito da jogabilidade que pode ser totalmente customizada ao gosto do dono do controle, me diverti com as side-quests, e ainda lutei muito nas raids - momentos de puro combate contra uma invasão de inimigos. O título conseguiu me entreter do começo ao fim, e isso é algo raro hoje em dia.

Mais cedo ou mais tarde, é claro que eu acabaria encontrando defeito em Ys VIII: Lacrimosa of Dana. Os gráficos não são os mais belos que já, algumas partes do cenário estão tão granuladas que fica difícil reconhecer o que estamos vendo. Jogar em modo portátil acaba não sendo uma das melhores opções, pois a queda de frames fica visível e desconfortável.

A linearidade também pode incomodar alguns por aí, não há uma grande sensação de liberdade, mesmo sabendo que estamos em uma ilha deserta e que uma de nossas missões é explorar. São pequenos defeitos, mas para jogadores exigentes, podem tirar a empolgação de se aventurar pela ilha.

Ys VIII: Lacrimosa of Dana é um ótimo port. Toda a sua essência funciona muito bem, mesmo com alguns percalços. Os personagens são adoráveis, alguns até seguem estereótipos japoneses, mas ainda atingem os sentimentos do jogador. Por se tratar de uma história única e completa, o novato na franquia vai se sentir bem e logo se acostumará com os detalhes, enquanto que o velhaco se sentirá em casa com Adol e Dogi. Para fãs do gênero, um pedido certo de jogatina.

Código do game para análise cedido pela distribuidora.

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E a trilha sonora é maravilhosa.
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