Games

Resident Evil 7 se consagra como maior experiência VR e entre melhores da série

Patrick Weiller e Edson Godoy | 04/04/2017 08:03
Resident Evil 7 se consagra como maior experiência VR e entre melhores da série

A realidade virtual é um sonho na indústria dos videogames há muitos anos. Depois de várias tentativas frustradas, finalmente hoje temos um sistema que traz pela primeira vez o conceito para os videogames de forma plena: o PlayStation VR. A principal crítica ao sistema hoje é a falta de jogos que possuam a profundidade de um jogo de videogame convencional, com história envolvente, que além de trazer a experiência imersiva momentânea ao jogador, irá torna-lo efetivamente parte do game. Para rebater essa crítica, o melhor argumento é sem dúvida Resident Evil VII.

Com o game, a Capcom mais uma vez decidiu mudar o estilo de gameplay de sua série de survival horror mais aclamada. E acertou novamente, como já havia feito com o incrível Resident Evil 4. A partir dele, porém, a nova formula acabou não sendo aproveitada da mesma maneira, ficando abaixo do original. Já em Resident Evil VII, com sua câmera em primeira pessoa e o foco no terror e no suspense, o jogo descarta o foco de ação que tomou na série com Resident Evil 5 e 6 e retorna à sua origem, onde o suspense domina a cena.

Jogar Resident Evil VII em uma televisão, em uma sala escura e com um bom sistema de som ou fones de ouvidos já garantirá muita tensão e a ambientação que um jogo de terror necessita. Porém, curtir o jogo com o PlayStation VR leva você a outro nível de realismo. Logo de início, só de estar dentro da casa, sem nenhum perigo aparente à sua volta, já te causará uma enorme sensação de tensão e suspense. No primeiro momento de ação do jogo, com a cena do ataque recebido por Mia, o realismo é tanto que você chega a desviar com o corpo para fugir de seus ataques com a faca.

Resident Evil VII é sem dúvida uma das melhores experiências em VR da atualidade, pois o jogo inteiro pode ser jogado assim, diferente da grande maioria dos jogos disponíveis para esse formato, que funcionam mais como “tech demos”, que trazem apenas "experiências" que por mais imersivas que sejam, acabam sendo rasas em razão da ausência de um enredo envolvente. Ou seja, Resident Evil VII é o pacote completo!

Mas calma. Nem tudo são flores. Os mais exigentes podem não gostar da queda na qualidade das texturas e iluminação ao utilizar os óculos de realidade virtual, mas mesmo isso não chega a estragar a experiência. O mesmo não pode ser dito sobre o possível enjoo que a realidade virtual pode causar, esse aliás ainda é um dos maiores desafios da tecnologia. No caso de Resident Evil VII esse problema pode ser agravado em razão da existência de loops de cena, onde a câmera não gira suavemente, algo que pode incomodar pessoas com maior sensibilidade, mas que pode ser facilmente revertido com mudanças nas configurações no menu de opções do jogo.

O fato é que com ou sem VR, Resident Evil VII já merece lugar de destaque entre os grandes jogos da série, ao lado de Resident Evil 1, 2, Code: Veronica e Resident Evil 4. Algo que com certeza favoreceu o jogo foi a carona que ele acabou pegando no sucesso que o demo P.T. de Silent Hills proporcionou. Com seu cancelamento, as portas ficaram abertas para a Capcom, que aproveitou o hype, utilizou vários dos conceitos do game da Konami e ainda adicionou elementos de gameplay reais característicos da série, no qual você usa armas com munição limitada, soluciona os puzzles, coleta itens pelas salas, combina ervas medicinais e munições além das salas clássicas para salvar o jogo e guardar itens no baú.

Com tanta empolgação com o gameplay, acabamos esquecendo de falar um pouco sobre a história, né? Para resumir, no jogo você deve sobreviver à família Baker, que está infectada com um vírus que a torna mais agressiva e com seus corpos assumindo funções regenerativas. O jogo conta com mais de um final, já possui conteúdo adicional em DLC e guarda uma surpresa muito boa para os fãs da série nas últimas cenas. Simplesmente um game imperdível!

Visite o Vídeo Game Data Base, o museu virtual brasileiro dos videogames. 

 

Nos siga no