Faz Bem!

Piquenique no parque mostra força diante da paralisia cerebral

"Saindo da bolha", 40 pessoas se mobilizaram para criar representatividade nos espaços públicos

Por Gustavo Bonotto | 06/10/2023 16:36
Com oficina de pintura, crianças se divertem no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Denise Dal Farra)
Com oficina de pintura, crianças se divertem no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Denise Dal Farra)

O Dia Internacional da Paralisia Cerebral foi celebrado com ações lúdicas no Parque das Nações Indígenas, situado em Campo Grande, na tarde desta sexta-feira (6). Com oficinas de pintura e piquenique, cerca de 40 crianças aproveitaram as sombras das árvores do principal espaço de lazer da capital sul-mato-grossense.

Para a fisioterapeuta neurofuncional pediátrica Sheila Insfran da Silva, uma das organizadoras do evento, a ideia surgiu através do tema "Eu rodo o mundo", que busca criar representatividade nos espaços públicos.

"Esse é um dia celebrado em todo o mundo, e hoje, a Clínica Reintegre buscou levar nossos pacientes para um ambiente externo para comemorar os direitos das crianças e adultos. Precisamos incluir nossos amigos para participar em ambientes diversos", ressaltou.

Piquenique oferece novas experiências para crianças com paralisia. (Foto: Denise Dal Farra)

Com intuito de "sair da bolha" e desenvolver habilidades sociais, a organizadora pontua que o diagnóstico da paralisia cerebral nada mais é do que uma condição de saúde.

"Hoje estamos promovendo, juntamente com uma equipe de psicopedagogo, fonoaudiólogos e fisioterapeutas atividades como pintura em vaso, a plantação de árvores, brincadeiras com massinhas. Isso é muito lúdico, uma forma de desenvolvimento para sair do contexto hospitalar", concluiu.

Pequenos realizam oficina de pintura em vasos de plantas. (Foto: Denise Dal Farra)

Em dados - De acordo com o levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, a paralisia cerebral acomete mais de 2 milhões de crianças e adultos em todo o país.

O estudo aponta que uma a cada quatro crianças não consegue falar. No mesmo panorama, uma a cada quatro não consegue andar ou sofre com epilepsia. Já um a cada dois casos apresenta deficiência intelectual.

Apesar de ser complexa e irreversível, crianças com o diagnóstico podem ter uma vida rica e produtiva, desde que recebam o tratamento clínico e cirúrgico adequados às suas necessidades.

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