Faz Bem!

Para correr atrás das metas, dica das boas é ficar de olho na bebedeira

Médica explica sobre como exagerar no álcool gera diversos impactos no organismo

Por Aletheya Alves | 03/01/2024 07:39
Cervejas em freezer de estabelecimento comercial em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Cervejas em freezer de estabelecimento comercial em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

Com o ritmo das festas de fim de ano, fazer uma pausa e ficar de olho na bebedeira é uma das dicas necessárias para construir 2024 de forma saudável. Sobre o assunto, a médica pós-graduada em nutrologia, Patrícia Supimpa, explica que o exagero no álcool gera diversos impactos pouco a pouco e, por isso, repensar o consumo é um dos pontos para conseguir correr atrás das metas de ano novo.

“Pessoas que ingerem muita bebida alcoólica sentem-se mais cansadas, doloridas  e indispostas, já que o corpo libera toxinas inflamatórias e gasta muita energia tentando limpar o organismo do efeito tóxico do álcool”, introduz a médica. 

Entender esse processo inclui aprender a forma com que o corpo funciona e, a partir disso, tentar diminuir o consumo, inclusive procurando ajuda, caso seja necessário. “Por ter efeito inflamatório, o álcool aumenta a proteína C reativa, que por sua vez aumenta o risco de diversas doenças, que vão desde artrite reumatoide, passando pelo infarto até o câncer”. 

No âmbito do efeito intestinal, a médica explica que o álcool diminui a absorção de várias vitaminas e minerais. 

Isso significa que a membrana presente no intestino, que seleciona tudo que entra no nosso corpo, acaba perdendo sua função, e aí o intestino fica de ‘porteira aberta’, deixando entrar qualquer coisa que passe por ele, explica Patrícia.

Ainda sobre a permeabilidade intestinal, Patrícia comenta que essa “porta aberta” se encaixa para bactérias, vírus, fungos e até toxinas. “Sem falar da disbiose, causada pela alteração da flora intestinal, que pode resultar em um intestino doente e disfuncional”. 

Mas, de todas as consequências, a mais maléfica se tratando de bebidas alcoólicas continua sendo a toxidade hepática. 

“O excesso de álcool sobrecarrega o fígado, que tem de produzir mais enzimas para darem conta de eliminar todo o álcool. Se esse exagero perdurar por muito tempo, o resultado final pode ser uma doença hepática e até mesmo a cirrose, em que só um transplante de fígado resolveria nesses casos”, detalha a médica. 

E, além de gerar cansaço e inúmeras mudanças no organismo, o álcool também pode ter efeitos estéticos não agradáveis. 

De acordo com Patrícia, devido à sua grande quantidade de calorias, quando falamos de bebidas alcoólicas em geral, e efeito catabólico, o resultado pode ser, sim, um aumento de peso e da gordura corporal ligada à perda de massa muscular. 

“Dependendo da bebida escolhida, como por exemplo o chope, cada copo corresponde a um pão francês”, completa a médica. 

Pensando nisso, incluir a redução da bebida alcoólica também pode ser uma das metas indicadas para 2024, algo que deve auxiliar no cumprimento de outros objetivos para o ano novo.

Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News

Siga o Lado B no WhatsApp, um canal para quebrar a rotina do jornalismo de MS! Clique aqui para acessar o canal do Lado B.

Nos siga no