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Mães fazem exercícios enquando os bebês se divertem em aula de Pilates

Naiane Mesquita | 09/04/2016 07:23
Exercícios são auxílio de bolas, tecidos e outros aparelhos de pilates (Foto: Alan Nantes)
Exercícios são auxílio de bolas, tecidos e outros aparelhos de pilates (Foto: Alan Nantes)

Com apenas 1 mês e meio após o parto de Ana Luz, a educadora física Natália Barbosa Ceron, 30 anos, recebeu alta para voltar ao trabalho. Decidida que ficaria ao lado da filha, ela colocou em prática uma forma de Pilates diferente, onde a mãe e o bebê podem ficar grudadinhos, mesmo durante os alongamentos e exercícios.

As mães fazem o alongamento com o filho no colo (Foto: Alan Nantes)

“Minha cunhada viu essa modalidade em outro Estado e comentou comigo. Aqui nós fazemos o Pilates, a dança e ginástica localizada. Vi como uma forma de trazer ela para o meu trabalho e ainda manter o condicionamento físico”, relembra Natália.

A ideia deu tão certo que hoje a educadora tem quatro alunas, todas mães recentemente. Para ela, o número pode ser baixo, mas é uma vitória. “Nem sempre elas conseguem chegar no horário, é preciso parar a aula para amamentação, fazer alguma troca. Aqui, nossa prioridade é o bebê. Então, a mãe pode ter todo o tempo do mundo para voltar e continuar os exercícios. Se tem algum que o bebê reclama, eu mudo até que a mãe e o bebê se adaptem”, explica.

Espoleta, a filha de Natália é um amor. Engatinha para todo o lado e se diverte com todos. “Eu sou suspeita, mas ela é muito calma”, explica. Esse jeitinho foi fundamental para o trabalho dar certo. “Quando a criança é bem novinha, tem poucos meses, muitos dormem. Nós usamos o sling para facilitar, então o bebê se sente protegido e a mãe também”, descreve.

Como o contato é íntimo, as mães não se sentem culpadas de deixar o filho em casa para voltar a se exercitar. “Eu ouvia muito isso antes mesmo de ter a Ana. Aqui, elas se sentem seguras, até porque nós trocamos muitas experiências, tem crianças que são mais velhas, outras mais novas. Se torna um momento de descontração, de convívio. Fazemos outras coisas juntas, então, evita aquele isolamento que a mãe sente principalmente nos seis primeiros meses do bebê”, frisa.

A ideia do pilates com mamães e bebês foi da educadora física Natália (Foto: Alan Nantes)
A inspiração veio com o nascimento da filha Ana Luz, de nove meses (Foto: Alan Nantes)

Os exercícios são feitos com cuidado e usando o bebê como apoio. A anestesista Amani Mancini, 36 anos, diz que atualmente o mais difícil é a flexão de braço. “Meu bebê pesa 10kg já”, ri. “Costumo falar que a professora tem que trocar os bebês de vez em quando”, brinca.

Participando do Pilates há cerca de seis meses, ela conta que a modalidade foi uma porta de entrada para voltar a se movimentar. “Depois eu consegui voltar para a academia aos poucos. Eu tenho um filho de seis anos e o Erwin tem dez meses, então é uma correria. Quando chego na aula é um momento tranquilo, de ficar próxima dele também, porque eu tenho o meu trabalho durante o dia”, explica.

Durante as aulas, Natália inclui as bolas típicas do Pilates, além do tecido e de outros aparelhos. “Costuma aliviar muito a dor nas costas que as mulheres sentem durante a gestação e após o parto. Além de dar mais energia. Eu chego em casa e se ela pede colo eu não me sinto tão cansada”, afirma a educadora.

O preço das aulas é de R$ 140,00, duas vezes na semana. Informações pelo telefone (67) 9967-5105.

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