Faz Bem!

Desde 2017, turma joga pela importância da doação de órgãos

5º edição do 'Comerário Sangue Bom - O jogo dos transplantados’ aconteceu do domingo (10) em Campo Grande

Por Jéssica Fernandes | 11/12/2023 08:15
'Comerário Sangue Bom - O jogo dos transplantados’ aconteceu no domingo (10). (Foto: Juliano Almeida)
'Comerário Sangue Bom - O jogo dos transplantados’ aconteceu no domingo (10). (Foto: Juliano Almeida)

A partida de futebol é um evento sagrado para muita gente que é fã do esporte. Em Campo Grande, desde 2017, dois amigos organizam o ‘Comerário Sangue Bom - O jogo dos transplantados’ que tem como objetivo levantar a bandeira da importância de ser um doador de órgãos. 

O evento solidário que arrecada alimentos, brinquedos e fraldas chegou a 5º edição neste ano. No domingo (10), os jogadores que apoiam a causa se uniram para mais um encontro do clássico ‘Operário x Comercial’. O Lado B acompanhou a partida e conversou com os idealizadores Carlos Alberto Rezende, conhecido como ‘Professor Carlão’, e Carlos Cuya.

Os dois são amigos de longa data e os únicos jogadores que receberam doação de órgãos. O Professor Carlão conta como o encontro entre os amigos em prol do esporte e a doação de órgãos, sangue e medula óssea tornou-se tradição.  

Professor Carlão fala sobre iniciativa do evento que está na 5º edição. (Foto: Juliano Almeida)

“Eu sou transplantado de medula óssea e o Cuya é transplantado renal. Somos amigos de infância e como vivo em função das campanhas depois que ele fez o transplante falei pra gente fazer um jogo com propósito, celebrar a vida com o esporte e chamar os amigos”, diz. 

A história do professor, desde a descoberta da leucemia ao momento que encontrou doador compatível, foi contada pelo Lado B em 2015 e 2016. Voltando a falar sobre a disputa, ele explica que a edição deste ano é decisiva entre Operário x Comercial. “A gente homenageia os times da cidade, os craques do passado que vem aqui e ficam conosco. Como o placar está dois a dois esse ano vai decidir quem vai ficar com o primeiro troféu transitório de cinco anos de disputa”, afirma. 

Já Carlos Cuya teve insuficiência renal em 2015 quando precisava de um transplante de rim. Na época, ele chegou a acompanhar palestras onde soube que algumas pessoas chegavam a esperar até seis anos por um transplante. “Cheguei a sair chateado, porque é muito difícil você ficar numa máquina”, diz.

Carlos Cuya conta que passou a conscientizar as pessoas após transplante. (Foto: Juliano Almeida)

Carlos não precisou esperar tanto e a doação, que vê e fala que é ‘um gesto de amor’, partiu da irmã. “Ela disse que queria doar, fizemos todos os exames, deu a compatibilidade e fomos encaminhados para São Paulo. Comecei em março o tratamento e em dezembro fizemos o transplante”, comenta. 

Ele nunca tinha parado para pensar sobre a importância de ser um doador e desde então faz o trabalho de conscientização. “Eu falo que sou um cara abençoado e depois que recebi o transplante vim nesse intuito de conscientizar para ser um doador, porque a vida tem que continuar”, fala.

Quem aprendeu desde cedo a importância que uma doação tem é Emerson Nascimento, de 28 anos. Ele acompanhou a partida de futebol de domingo e contou que desde 2019 é doador de sangue graças ao exemplo dos pais. Além disso, Emerson também é cadastrado como doador de medula óssea. 

Ele destaca que o procedimento é bem simples e que as campanhas são necessárias para as pessoas saberem como ajudar. "É a importância de ajudar o próximo, é é simples é só chegar no Hemosul e fazer o cadastro. Eu comecei como doador de sangue e me explicaram a importância de ser um doador de medula e eu me cadastrei”, diz. 

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