Diversão

Urbano, Pablo experimenta outro ritmo em roteiro de 23 dias e locais isolados

A rota começou em Buenos Aires, Bariloche, El Calafate, El Chalten, e ainda promete seguir até Torres Del Paine, Punta Arenas e Santiago no Chile.

Kimberly Teodoro | 27/03/2019 08:45
Bariloche na Argentina é um dos destinos da viagem que vai durar 23 dias (Foto: Arquivo Pessoal)
Bariloche na Argentina é um dos destinos da viagem que vai durar 23 dias (Foto: Arquivo Pessoal)

Pablo Aguilera, o “menino” nascido em Rio Verde, interior de Mato Grosso do Sul, tomou gosto por se aventurar pelo mundo. O destino agora é a Argentina, apesar de não ser tão valorizado quando o assunto é viagem internacional, o roteiro tem surpreendido o cara conhecido pela personalidade bem urbana. A viagem começou no dia 16 de março, tem previsão de durar 23 dias, e já levou o publicitário até Buenos Aires, Bariloche, El Calafate, El Chalten e até dia 07 de abril ainda promete seguir até Torres Del Paine, Punta Arenas e Santiago no Chile antes de retornar ao Brasil.

Atualmente, Pablo e o companheiro estão em El Chalten, na Patagônia, um vilarejo de 1,5 mil pessoas, cercado por uma paisagem de tirar o fôlego e completamente isolada do resto do mundo. De lá a comunicação é difícil, mas entre um passeio e outro é possível enviar sinais de vida para quem está há 4,6 mil km de distância usando o wi-fi do hotel, única forma de internet encontrado por lá, que mesmo não sendo das melhores, quebra um galho.

Apesar do clima de aventura e de um planejamento que começou em dezembro de 2018, a viagem não chega a ser um mochilão, como roteiros famosos pela Colômbia e Peru. O pouco tempo e o longo percurso que os dois pretendem percorrer fizeram com que a melhor opção fosse ir de um ponto a outro do mapa pelo ar, no total são 4 trechos de avião, e 4 de ônibus.

Patagônia ao fundo, um dos cenários mais lindos da Argentina (Foto: Arquivo Pessoal)

Sem calcular o valor total da viagem, Pablo diz ter gasto cerca de R$ 2 mil em passagens de avião e R$ 400 com ônibus para os destinos mais remotos, alimentação, hospedagem e passeios são uma despesa a parte e dividida por dois. “O que sempre digo, é que tem passeio para todos os bolsos. No mesmo roteiro que eu fiz, outra pessoa poderia fazer com uma grana mais apertada, gastar mais traz confortos maiores, mas é opcional. Vai do seu bolso e do que exige de conforto, mas dá sempre para achar uma forma econômica. Como já viajo bastante, eu fico no meio termo, economizando em alguns casos e optando por mais conforto em outros”, conta.

Apaixonado pela estrada, quem acompanha Pablo pelas redes sociais já não estranha as fotos em paisagens diferentes e nem os check-ins em outros países. “Gosto de conhecer novos lugares, explorar outras culturas, países e paisagens”, diz. Com Buenos Aires já carimbado no passaporte antes, dessa vez a viagem é diferente, um meio termo entre os cenários urbanos que causam fascínio no publicitário e as trilhas em meio à natureza, típica do mochilão pelos quais o namorado prefere e que são novidade para Pablo.

Sobre o pré-conceito formado por muitos brasileiros sobre os países da América Latina, Pablo acredita ainda ser forte, fruto de uma mentalidade que acha que uma viagem para exterior é Estados Unidos e Europa, ignorando os lugares incríveis aqui por perto. Depois de Buenos Aires, as cidades começam a ficar para trás, junto com elas, também os brasileiros que escolheram o país vizinho como lar. Pelo caminho, os rostos e sotaques conhecidos vão dando lugar aos Europeus e Americanos, origem da maioria dos turistas que se arriscam pelas paisagens mais “exóticas”, onde o clima e a geografia surpreendem.

Traful Lake, no Parque Nacional Nahuel Huapi, Argentina (Foto: Arquivo Pessoal)
Puerto Blest, município da província de Río Negro, na Argentina (Foto: Arquivo Pessoal)

“Cada dia acaba sendo mais marcante que o outro, fizemos um roteiro que sempre começa pelo mais simples e vai subindo o nível do encantamento, senão a viagem fica sem graça depois. Agora cada paisagem em Bariloche é incrível, ontem me dei como em êxtase em um lago todo espelhado com uma paisagem incrível, um silêncio enorme. Estávamos só eu, meu namorado e creio que mais dois casais nessa praia do lago. Ao fundo um som de uma cachoeira pequena. Queria poder ter ficado ali o dia todo”.

Ainda assim, deixar um cenário incrível, dessa vez não pesa no peito, pois a promessa de novas vistas carrega o sentimento de fazer parte de algo muito maior. Para os dias seguintes, os planos incluem subir uma montanha e visitar a principal geleira de El Chalten. Sem nunca ter encarado uma trilha tão longa, Pablo carrega expectativa, mas diz manter o coração tranquilo. Para a viagem comprou roupas e calçados apropriados, além do equipamento de montanhismo, tirando isso o maior teste vai ser a parte física.

Até agora as principais comparações são sobre o clima, que de lá para cá mudou muito, principalmente para quem é acostumado ao calor. Depois disso, o mais “gritante” são a vegetação a arquitetura, com características próprias argentinas, esse último, com forte influência espanhola. “A comida é diferente e parece que todos são focados no turismo, é um país que olha muito mais para o bem estar do turista. Você percebe desde Buenos Aires até aqui que há um investimento para recepcionar os turista, desde governo e comunidade. No Brasil você não vê todo esse investimento”, analisa.

Para o casal, que está fazendo a primeira viagem longa juntos, depois de um ano de namoro, a aventura ganha ares românticos. “Estamos misturando as nossas paixões que é aventura, viajar. Unindo os dois. Essa mistura traz mais emoção à viagem e também ensina paciência, além do autoconhecimento”.

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