Diversão

Raulzito preserva cajueiro abençoado pela mãe em bar criado em homenagem à ela

Thailla Torres | 29/04/2016 06:05
Téo em frente ao cajueiro, na Avenida Tamandaré. (Foto: Fernando Antunes)
Téo em frente ao cajueiro, na Avenida Tamandaré. (Foto: Fernando Antunes)

A mãe sempre foi uma inspiração para o músico Téo Barros, de 63 anos. Por isso, ele decidiu fazer o próprio recanto no quintal de casa para receber amigos, ouvir música e deu o nome de "O Cajueiro de D'Maria". Localizado na Avenida Tamandaré, o lugar serve desde água de coco até macarrão feito na chapa, para quem gosta da simplicidade e da boa sombra das árvores.

O lugar desperta curiosidade pela decoração simpática e artesanal que tem sido feita pelas mãos de Téo desde que a mãe descansou. O nome do lugar é uma homenagem a dona Maria que plantou o pé de caju em que o filho colhe frutos há mais de 10 anos.

"Eu quis fazer deste lugar um recanto para que eu pudesse lembrar da minha mãe. Era o lugar que ela sentava todos os dias para descansar", conta. 

Quando a mãe faleceu, as lembranças ficaram por toda parte. "Ela sempre foi a harmonia dessa casa, gostava muito da natureza, das plantas. Por isso quis deixar tudo do jeito que ela sempre gostou. Mantendo o cajueiro e as plantinhas." 

A homenagem à mãe está por toda parte. Além de preservar a árvore, Téo desenhou frutas nas paredes e decorou todo os espaço com flores, que a mãe também gostava. Logo na entrada, o banner mostra a importância e o carinho de filho pelas vontades da mãe que era apaixonada também pelo chamamé. 

O banner com homenagem à mãe fica aberto para que os visitantes conheça a história. (Foto: Fernando Antunes)

Téo diz que a fé da mãe era tão forte, que foi até capaz de salvar o pé de caju. "Houve um tempo em que deu uma praga no pé de caju. Minha mãe fez uma oração e jogou água benta no pé, que nunca mais teve pragar", garante.

Quem chega ao local é recebido pela animação de Téo, cantarolando Raul Seixas. Mas só a fachada, toda colorida, já mostra o clima do lugar. Dentro, as cadeiras em tons vivos e o capricho no jardim bem artesanal, têm certo ar praiano, com guarda-sol e tudo.

O dono é solteiro e pai de 7 filhos. Atualmente, mora no recanto com o pai de 83 que ele mesmo faz questão de cuidar. "Sou fã de Raul e as pessoas me conhecem como Raulzito na cidade. Por isso quero que as pessoas venham aqui curtir uma boa música e se divertir". 

O espaço acomoda no máximo 60 pessoa. Téo vende água de coco, sucos e carvão. O carro-chefe da casa é espetinho que custa R$ 10,00, com mandioca, vinagrete e arroz. Há também o macarrão feito chapa, por R$ 22,00. Aos sábados e domingos, ele vende carne assada na hora do almoço. 

Téo explica que o local já está funcionando, mas pretende ampliar o espaço para fazer uma inauguração à altura no Dia das Mães. "Como eu fiz isso para homenagear minha mãe, no dia dela, quero fazer uma inaguração alegre e com música, para que ela fiquei orgulhosa aonde estiver". 

O espaço é simples, mas cheio de charme com decoração feita por Téo. (Foto: Fernando Antunes)
No recanto, tem sombra fresca e água de coco. (Foto: Fernando Antunes)
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