Diversão

No lado esquecido da Afonso Pena, bares tentam vingar apostando no som ao vivo

Aline Araújo | 05/12/2014 06:12
O Mojito fica na Avenida Afonso Pena, perto do Circulo Militar. (Foto: Alcides Neto)
O Mojito fica na Avenida Afonso Pena, perto do Circulo Militar. (Foto: Alcides Neto)

A Avenida Afonso Pena é dividida em dois lados. O badalado, nos “Altos”, onde vira e mexe abre um novo bar e logo lota, e o outro extremo, esquecido, ainda com muitas casas antigas e poucos prédios. Difícil é entender como uma região tão charmosa, arborizada e cheia de vagas de estacionamento, não vinga. Mas quem anda investindo por aquelas bandas jura que nos últimos meses o movimento começou a ficar animado.

O Lado B foi conhecer os dois bares estruturados que funcionam por ali, perto da Igreja Perpétuo Socorro e o Circulo Militar. Mas chegamos no início da noite, momento de ainda pouca gente.

Por causa dos hotéis e da universidade na região, dois jovens resolveram apostar no local para abrirem o primeiro negócio. Um deles é Paulo Vitor Aguiar, de 29 anos, formado em Turismo. Há algum tempo, ele já estava de olho no endereço e no ano passado, com uma amiga, resolveu abrir o Copacabana Espetos. O barzinho é simples, mas vive Lotado de alunos da faculdade. Hoje ele faz planos sobre como vai expandir o negócio.

Paulo Vitor comanda o Espetos Copacabana. (Foto: Alcides Neto)

“Eu já fui universitário e tinha um barzinho na frente da minha faculdade. Sei o quanto é legal e aqui ainda não tinha”, explica. Além do espetinho contra a fome, é o lugar para os universitários tomarem uma depois da aula. Mas o Copacabana também atende muitas pessoas hospedadas nos 5 hotéis da região. O preço é bom, um espetinho de contra filé, que pode ser incrementado com bacon, custa R$ 5,50.

Sem muita pompa, o lugar é agradável e confortável. O dono também é o responsável por cuidar da churrasqueira, o que torna o ambiente ainda mais informal, com cara de bar entre amigos.

De um tempo para cá, os moradores do bairro Amambaí também começaram a frequentar o lugar, que tem música ao vivo duas vezes por semana e fica aberto das 18h às 23h30. Na segunda, o som é MPB com a cantora Ana Cabral, e na quinta é a vez de uma dupla tocar sertanejo universitário.

Barzinho - Com a mesma intenção, de atrair o pessoal da faculdade e dos hotéis, mas com uma cara mais descolada, o Mojito Bar tem o estilo tropical, não muito diferente dos bares que ocupam a parte alta da Afonso Pena. Tem luminárias em palha, mesas de madeira, tudo planejado para o bem o cliente entrar no clima. Os vinis grudados na parede são decoração simples, mas acolhedora. 

Início de noite no Copacabana, em frente a uma universidade. (Foto: Alcides Neto)

”Eu abri por causa dos hotéis e due certo. O que mais a gente vende aqui é peixe, porque é o quem vem de fora acha mais diferente. O lado de cá não tinha muita coisa e eu estudei e vi que valia a pena apostar”, justifica Patrick Oliveira, de 26 anos.

Hoje empresário, antes ele trabalhava vendendo pacotes de viagens. A proximidade com o mercado de turismo, assim como o concorrente logo mais a frente, fez Patrick enxergar por ali uma oportunidade. “Tem sido bacana, a gente trabalha muito, mas se divertem também. Agora o pessoal está começando a descobrir aqui. Vem fazer os esquentas para as baladas ou até mesmo comer alguma coisa e tomar um drinque”, garante.

Só faz 6 meses que o bar está com Patrick. Antes ali funcionava uma conveniência. Ele mudou a cara do lugar que de quinta a sábado fica mais agitado, com música ao vivo. Quinta é dia de sertanejo universitário, sexta tem DJ com música eletrônica e no sábado é dia de MPB. No cardápio, a porção com 500 gramas de Costelinha de Pacu, por exemplo, custa R$ 22,00 e a mesma quantidade de pintado sai por R$ 26,00.

De dia, Patrick já começou a investir no almoço e à noite o bar fecha só depois que os clientes vão embora. Aos finais de semana, o dono diz que o Mojito lota e se torna mais uma opção para quem quer conhecer um lugar diferente, do lado menos badalado da Afonso Pena.

Interior o Mojito. (Foto: Alcides Neto)
Patrick cuida do bar aberto há três meses. (Foto: Alcides Neto)
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