Diversão

No Jardim Paulista, placas indicam "Recanto dos Cornos", para 13 tipos de homens

Anny Malagolini | 03/12/2013 06:51
Recanto dos cornos entre a avenida Fábio Zahram e a rua Planalto. (Foto Cleber Gellio)
Recanto dos cornos entre a avenida Fábio Zahram e a rua Planalto. (Foto Cleber Gellio)

Entre a avenida Fábio Zahram e a rua Planalto, embaixo do pé de jaca, a reunião diária é para tomar tereré, cerveja e até lugar para fazer churrasco. Até aí, tudo normal para quem vive em Campo Grande. A curiosidade surge no pedaço de uma porta de madeira pregada em uma árvore que indica: “Recanto dos Cornos”.

Alguns metros depois, uma lixeira serve para “lavar o chifre”, para tirar o peso da cabeça, uma indicação de que ali o espaço é reservado às risadas e muita conversa “fiada”. O lugar, ao lado de uma serralheria, já era ponto de reunião para a pausa no trabalho e há três semanas ganhou nome. Quem participa da roda de cornos ganhou até classificação.

Tem o corno PM, o "Buchicheiro", o Bravo, o Assumido, o Manso, o Coca-Cola, o Sacolão, o Gordinho e o "Véio", mas os significados ficam por conta de quem passa pela avenida e avista a relação também escrita em letras garrafais.

Serralheiro, Fernando Kaczan, de 26 anos, foi quem criou e batizou o lugar. Ele conta que “corno” sempre foi uma brincadeira entre os amigos, e decidiu até dividir os amigos no total de 13 tipos.

Tem também o “Lua Cheia”, para aquele cara com o órgão que só levanta na lua cheia, explica. Fernando, que é solteiro, recebeu a classificação de “Corno Feliz”.

Sérgio Kaczan, de 40 anos, também é serralheiro e irmão do criar da brincadeira. Para ele, a classificação é “Corno Anal”. “Cada vez que pega engravida”. Poderia ser "anual", de lógica mais evidente, mas é anal mesmo, diz o caçula, por motivos impublicáveis. Mas Sérgio diz não ficar bravo com a classificação. “Eu dou risada da criatividade”, comenta.

E as mulheres também estão convidadas, inclusive a patroa, no sentido literal da palavra. Lúcia Maria da Silva, de 47 anos é a dona da serralheria onde a turma dos "cornos" trabalha. “Entro na onda, a gente se distrai e se diverte”. Apesar de achar divertido, conta que fica de olho na reunião, porque tudo tem um limite. “Não pode brincar muito para não confundirem as coisas”.

Segundo Fernando a reunião dos cornos chama atenção de quem passa e como a curiosidade é frequente sobre o que é o local, eles resolveram ampliar o ponto de "zoação". 

Ainda para o mês de dezembro eles planejam fazer um churrasco o “1 Encontro dos Cornos”, para arrecadar dinheiro para construir uma tenda no local para proteção nos dias de chuva.

Fernando, ganhou o apelido de "Corno Feliz". (Foto Cleber Gellio)
Placa descreve os 13 tipos de corno do grupo (Foto: João Garrigó)
Nos siga no