Diversão

Na praça do São Bento, artesãs encontram lugar charmoso para vender

Ângela Kempfer | 31/08/2011 16:00
Feira ocorre duas vezes por mês, em pracinha do bairro São Bento. (Foto: Simão Nogueira)
Feira ocorre duas vezes por mês, em pracinha do bairro São Bento. (Foto: Simão Nogueira)

Acostumada com feiras de artesanato dando vida aos finais de semana de Curitiba, a artesã que voltou a Campo Grande no ano passado finalmente diz que encontrou um lugar para mostrar o que produz.

Na praça do Jardim São Bento, ela monta a banca de sabonetes artesanais em formato de maça, maracujá e até biscoito de maisena. “Morei um ano e meio em Curitiba e adorei essa cultura da feira de artesanato por lá. Tem uma que começou na praça e hoje reúne 2 mil barracas no Centro Histórico”, lembra.

Por aqui, as iniciativas ainda são bem tímidas. No São Bento, o bazar ocorre apenas 2 vezes por mês, com 30 participantes em média.

Banca de sabonetes artesanais em formato de maça, maracujá e até biscoito de maisena.

A feira começou com outro grupo, foi suspensa por falta de autorização da prefeitura, mas agora retornou aos sábados, regularizada.

Para pagar os custos de limpeza e publicidade, quem participa do Bazar da Praça paga uma taxa, que varia de acordo com o número de expositores. “Mas não ultrapassa os R$ 15,00”, garante uma das organizadoras, Beatriz Perez.

A jovem produz bolsas e carteiras, mas também monta a banca de esmaltes importados e cheios de brilho para clientela assídua, por R$ 2,50 a R$ 35. “Assim que começou a feira, veio uma menina com R$ 50,00 só para gastar com esmaltes”, conta Bê Perez.

Ao lado, ficam bancas de toy art, peças feitas por publicitárias que quebram a sequência de produtos para casa, bem artesanais, cheias de galos e galinhas coloridas.

Com cartões picolé e monstrinhos feitos de pano, as amigas Karina e Justine expõem a linguagem gráfica do momento.

Monstrinhos feitos de pano, as amigas Karina e Justine.

A vizinha da frente também é parte da mesma onda, com “ideias impressas” de Giovanna Simiolli, publicitária que começou vendendo mouse pad de bar em bar e agora encontrou um lugar mais charmoso na praça. “As pessoas ainda não aceitam muito esse tipo de trabalho, mas estão aprendendo”, avalia.

A feira segue, com vestidos, camisetas e facilidades, como pagamento com cartão de crédito e débito.

Vender não parece o principal durante a conversa com as artesãs. O que a maioria quer é mostrar o que faz e conquistar clientes.

“Hoje eu só vivo disso”, diz Dora Fontoura, apontando para seus panos de prato, cadernos de receitas, jogos americanos e banquinho customizado.

Para Angélica Barquilla, a arte é distração. Depois de descobrir o câncer, o tempo ganhou o artesanato. Com chinelos coloridos à venda, ela fala em tom sereno que superou a doença e ganhou uma “terapia”.

A feira já está marcada 10 e 24 de setembro, na rua Rodolfo José Pinho, quase esquina com a José Antônio.

Brigadeiros tem banca montada também no bazar.
As peças para casa são líderes em vendas.
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