Diversão

Milton Nascimento encerra Festival América do Sul com show para 35 mil

Nadyenka Castro | 01/05/2012 09:54

A última noite do evento que começou na quinta-feira teve também Marcos Assunção e Orquesta Argentina Jungla

Milton Nascimento fez show para 35 mil pessoas em noite de muito frio. (Fotos: Edemir Rodrigues/ Divulgação)
Milton Nascimento fez show para 35 mil pessoas em noite de muito frio. (Fotos: Edemir Rodrigues/ Divulgação)

Milton Nascimento encerrou nessa segunda-feira o Festival América do Sul, em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, com show para 35 mil pessoas. A última noite do evento que começou na quinta-feira (26) teve também as apresentações de Marcos Assunção e Orquesta Argentina Jungla.

A abertura da noite, a cargo de Marcos Assunção, colocou a viola em destaque. No show, o instrumento ganhou novos contornos, com timbre doce, ardente em alguns momentos, onipresente.

A sonoridade da viola é acompanhada por instrumentos contemporáneos, como a percussão, contra-baixo, guitarra semi-acústica, violão e flauta transversal.

A apresentação evocou o trabalho gravado em 2011, “Eu, a Viola e Eles”, que recebeu investimento do FIC/MS (Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul ).

Depois de Marcos Assunção, subiu ao palco montado na Praça Generoso Ponce a Orquesta Argentina Jungla.

Marcos Assunção abriu a última noite ao som da viola.

A apresentação foi uma mistura de jazz contemporâneo com batidas de tambores latino-americanos e metais que lembram em parte a música soul.

Esta mistura de bom gosto tomou forma há cinco anos. Segundo os integrantes, explora a poderosa combinação da percussão tradicional, em parte inspirada nas batidas do oeste africano, com instrumentos de sopro, violões e baixos elétricos. Os músicos fazem a interpretação de um repertório de diversos gêneros da América com raíz negra, como o reggae e o jazz.

O show de Milton Nascimento, rico em detalhes, é extremamente elaborado, desde o palco até a sonorização. Tudo para que se sobressaia apenas sua melodia. Rica em letra e harmonia.

Milton completou 46 álbuns lançados em 2010, com "E a Gente Sonhando" São mais de mais de quinze milhões de discos vendidos na carreira. A gente percebe a grandiosidade disso tudo ouvindo clássicos como Bola de Meia, Bola de Gude: “Há um menino; Há um moleque; Morando sempre no meu coração; Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão”. Ou então Caçador de Mim: “Por tanto amor; Por tanta emoção; A vida me fez assim; Doce ou atroz, manso ou feroz; Eu caçador de mim”. Ou a maior de todas: “Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves. Dentro do coração...”

Orquestra argentina apresentou nova sonorização para o jazz.
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