Consumo

Exposição Nacional de Orquídeas tem plantas que custam de R$ 15 a 8 mil

Elverson Cardozo | 17/08/2012 18:17
Espaço de visitação. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Espaço de visitação. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Sete estados participam da mostra. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Em sua 7ª edição, a Exposição Nacional de Orquídeas, que será aberta oficialmente na noite desta sexta-feira (17), em Campo Grande, traz espécies que custam de R$ 15,00 a R$ 8 mil.

Um absurdo? Não para colecionadores apaixonados. A Bulbophyllum Phalaenopsis vem da África e, por aqui, quase ninguém tem a espécie que não sai por menos de R$ 5 mil.

Miyoko Minami, de 60 anos, se considera uma mulher de sorte. Comprou a planta, para revender, em uma feira de São Paulo, com amigos que costumam promover o que ela chama de “intercâmbio”. “Tem gente que viaja e traz”, explica.

Mas existem preços mais acessíveis, como a minúscula Campylocentrum Birchellii, uma orquídea sem folhas, formada apenas por raízes e que floresce anualmente. A espécie, que é encontrada na Mata Atlântica, custa R$ 15,00. Quem compra a planta também leva para casa uma série de recomendações. “Ela gosta de umidade e só pode ficar na sombra”, avisa a filha da de Miyoko, Júlia Minami.

Assim como a orquídea minúscula, a “gigante da África” também precisa de cuidados especiais para atingir seu tamanho total, o que demora, no mínimo, 20 anos. “É exótica”, explica Miyoko, que trabalha há 12 anos com orquidários. A expositora veio de Pilar do Sul, interior de São Paulo, e é a segunda vez que participa do evento em Campo Grande.

A Bulbophyllum Phalaenopsis. Espécie, da África, custa R$ 8 mil e necessita de cuidados. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Campylocentrum Birchellii, a orquídea sem folhas, formada apenas por raízes. Custa R$ 15,00. (Foto: Rodrigo Pazinato)

No total, 7 estados participam da mostra: Mato Grosso do Sul - com associações de Campo Grande e Sidrolândia - Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

O presidente da Acoa-MS (Associação Campo-grandense de Orquidofilia e Ambientalismo de Mato Grosso do Sul), Wenceslau Carlos de Oliveira, acredita que a exposição reúna pelo menos 12 mil pessoas durante os três dias. O principal atrativo deste ano, declarou, é a espécie Cattleya Nobilior, uma orquídea branca.

Segundo Wenceslau – que está à frente da Acoa há 5 anos - , Campo Grande e Sidrolândia participam este ano com pelo menos 300 plantas, o que ele considera baixo frente aos outros estados, por exemplo. “Não sei é e falta de tempo ou interesse”, comenta, acrescentando que o número de colecionadores, na Capital, também é inferior. Não chega a 30.

Presidente da Acoa-MS, Weneslauy Carlos, agradece apoio da prefeitura. "Só conseguimos fazer a exposição a partir da gestão do Nelsinho", afirmou.

“Mas a cada ano temos apresentado novas pessoas para expor em Campo Grande”, disse, ao agradecer o apoio da Prefeitura na realização do evento que, segundo ele, ficou parado por uma década.

Abertura - A Exposição Nacional de Orquídeas será aberta às 19h, no Armazém Cultural, localizado na avenida Calógeras, 3.110, centro. O evento segue até domingo (19).

Na programação, entrega de plantas, julgamentos, oficinas, palestras, além de uma homenagem surpresa a um dos associados mais antigos. A mostra reúne, ainda, espécies raras ou com melhoramento genético.

O espaço foi divido entre a parte de venda - que reúne aproximadamente 70 expositores - e a de visitação. Na sexta e no sábado o Armazém Cultural estará aberto das 8h às 22h30. No domingo, das 8h às 18h.

Mais informações pelos telefones 3383-9973 ou 9270-3259 ou pelo e-mail acoams@hotmail.com

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