Diversão

Explosão de blocos tem apoio de veteranos e promete maior Carnaval da cidade

Thaís Pimenta | 01/01/2018 07:25
Bloco Evoé Baco durante  Calcinha Molhada. (Foto: Divulgação/Gustavo F)
Bloco Evoé Baco durante Calcinha Molhada. (Foto: Divulgação/Gustavo F)

Se antes, o Carnaval em Campo Grande tinha apenas o Cordão Valu na de rua, 2018 promete uma explosão de novidades na folia. A dois meses da festa o "boom" é evidente pela quantiade de pré-carnavias pela cidade, que já começaram em novembro e vão entrar janeiro cada vez mais fortes. 

Silvana Valu, produtora cultural responsável pelo Cordão Valu, que completou 11 anos em 2017, acredita que é muito positivo novo bloquinhos surgirem. "Quando a gente inventou o Cordão Valu a nossa vontade, o nosso desejo, sempre foi que Campo Grande tivesse blocos por todos os lugares, todos os bairros, assim como a gente vê nos grandes centros", diz.

Para ela, até que essa explosão demorou. "Campo-grandense gosta muito de festa, de Carnaval. Como a festa de rua é muito espontânea, a gente sabia que isso ia acabar acontecendo". 

Ela completa: "Temos poucas opções ainda. É claro que pra quem não tinha nenhuma opção de lazer gratuito até pouco tempo atrás parece muita coisa mas a periferia, por exemplo, tem que sair de seu bairro pra vir curtir no centro. Então ainda tem muito espaço a ser preenchido e é isso que a gente quer que aconteça".

Para o Cordão Valu, o conselho aos novatos é que "cobrem do poder público políticas inclusivas não apenas no carnaval. Todos precisam ter acesso a cultura, independente do local onde moram e do tipo de rolê que curtem".

Desfile do Cordão no Centro da Capital. (Foto: Divulgação)

Para Vitor Samúdio, organizador do Capivara Blasé, bloco que completa quatro anos de existência em 2018, a disseminação nas ruas no Carnaval de Campo Grande segue a lógica da própria festa. "Este ano estamos enxergando a quantidade de blocos novos que vem surgindo na cidade, isso é importante, é bom, eu torço para que novos blocos apareçam e ocupem a cidade durante o carnaval", comenta.

O carnaval, na concepção do ator, é mais do que apenas folia, é também um ato político. "Cada bloco tem sua identidade, cada bloco vai pra rua pra mandar o seu recado, a cidade só ganha com os blocos".

Ele finaliza: "Ocupar a cidade é necessário, brincar o carnaval, assim como respeitar as meninas na rua, não ter preconceito, perceber o local que está sendo ocupado, cuidar do seu lixo, é fundamental. O carnaval de rua é sinônimo de conviver e respeitar as diferenças e a cidade. Que a bagunça fique só na brincadeira sadia dos foliões".

Este ano o Carnaval começa no dia 9 de fevereiro.

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Desfile do Capivara Blasé no último carnaval. (Foto: Divulgação)
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