Diversão

De olho no Carnaval, escolas de samba abrem as portas todo fim de semana

Paula Maciulevicius | 06/09/2015 08:20
Esquenta dos grupos de samba e da bateria já é pensando em 2016. (Foto: Gerson Walber)
Esquenta dos grupos de samba e da bateria já é pensando em 2016. (Foto: Gerson Walber)

No calor da bateria e de olho no Carnaval, as escolas de samba Igrejinha e Vila Carvalho estão de portas abertas todo final de semana. O objetivo é arrecadar dinheiro para colocar o desfile na rua em 2016. O valor das entradas não passa de R$ 10,00, e todo sábado e domingo, grupos de samba antecedem a bateria. 

Nesse sábado, a programação "Afinando Tamborins", da escola de samba Vila Carvalho trazia os grupos Aconchego, os sambistas Bibi do Cavaco, Serginho d´ Prima e a Bateria Poderosa. Animação garantida para quem rodou a cidade atrás de samba.

"Vim pela primeira vez, eu gosto de samba e sempre procuro onde achar", comenta o militar Henrique de Andrade Santana, de 24 anos. Paulista, ele está em Campo Grande há 5 anos e sabe que os eventos que a escola promove é para arrecadar fundos. "É uma iniciativa bacana e honesta, para não ter de pedir e nem contar com dinheiro do governo", avalia.

Ana Carolina vai aos eventos quase todo final de semana. (Foto: Gerson Walber)

O diretor de marketing da Vila Carvalho, Wlauer Holsbach de Carvalho, de 23 anos, explica que os eventos já começam logo depois que acaba o Carnaval. O público, que a cada final de semana é diferente, chega a somar 250 no barracão da escola.

"É bastante gente nova, não só do bairro e também não só de quem vai na avenida. Acaba que no Carnaval, junta todo mundo", descreve Wlauer.

A representante comercial, Ana Carolina Martinez, de 30 anos, faz o possível para comparecer. Fã de Carnaval, ela faz questão de ir desde os eventos, até o desfile. "Amo samba, acho bacana tentar emplacar uma cultura em Campo Grande, o samba ainda é fraco perante o sertanejo", comenta.

Rose, "Igrejinha de coração", não perde um evento. (Foto: Adriano Fernandes)

Do outro lado da cidade, quem comandava a Igrejinha era o "Dom Brasileiro", também já pensando no desfile. "Passou a quaresma a gente já começa. É todo sábado e domingo", explica a presidente da Igrejinha, Mariza Fontoura Ocampos. Sobre o público, ela ressalta que ainda marca presença os parceiros e seguidores do Cordão Valu.

"Ainda é um pouco cedo e não é muito costume do campo-grandense, mas a gente faz, outubro que começa mesmo o esquenta", completa a presidente. E para mostrar que não tem rivalidade, pelo menos não agora, a escola de samba mais recente no cenário da Capital, Deixa Falar, passou por lá.

"Hoje a gente está fazendo um tour, passa aqui, na Vila. Todo ano é aquela dificuldade, a gente não tem a mesma cultura do Rio de Janeiro e estamos só a 4 meses do Carnaval", comenta Francis Fabian, fundador da Deixa Falar.

Igrejinha de coração, a esteticista Rose Padilha, de 46 anos, explica que sem os eventos, não tem beleza no desfile. "Isso aqui a gente faz para ter dinheiro e colocar o Carnaval na rua, um bonito Carnaval na rua", resume.

Quem quiser aproveitar no próximo final de semana, a Vila Carvalho fica na Rua Joquim Manoel de Carvalho, 395, Vila Carvalho, já a Igrejinha, no prolongamento da Avenida Ernesto Geisel, Bairro Monte Castelo.

Na Igrejinha também tem samba todo final de semana. (Foto: Adriano Fernandes)
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