Diversão

Com diversidade musical e quitutes, público curte estreia de arraial no parque

Festa estreou nesta sexta-feira (28) na Concha Acústica Helena Meirelles e será realizada todos os fins de semana até 21 de julho.

Thailla Torres | 29/06/2019 07:11
Festa estreou na noite desta sexta-feira (28) e segue até dia 21 de julho. (Foto: Paulo Francis)
Festa estreou na noite desta sexta-feira (28) e segue até dia 21 de julho. (Foto: Paulo Francis)

Algumas coisas nunca mudam durante o período de junho e julho como a vontade de curtir uma festa junina. Este ano, um lugar diferente surpreendeu por abraçar o arraial. Na noite desta sexta-feira (28), foi a vez do Parque das Nações Indígenas, estrear com comida típica, música e animação junina.

Numa área nunca ocupada por esse tipo de festa, bandeirinhas coloridas e uma fogueira falsa avisam os convidados que, sim, trata-se de um arraial na Concha Acústica Helena Meirelles.

A festa estreou com show da “Dama do Rasqueado”, Delinha, que deixou o público emocionado. Fora do palco, 15 barracas tomam o terreno. Tem comidinhas típicas de festa junina à base de milho, cachorro-quente simples por R$ 5,00 ou com muito queijo a R$ 7,00. Milho, churros no copo, coxinhas e pastel saem por R$ 5,00 cada, já o espetinho é R$ 7,00 e o carreteiro é R$ 10,00.

Delinha emocionou público e encerrou a noite. (Foto: Paulo Francis)
Além de comidinhas típicas, público pode assistir show na arquibancada. (Foto: Paulo Francis)
Espetinhos são vendidos a R$ 7,00. (Foto: Paulo Francis)
Saltenhas estão no cardápio junino. (Foto: Paulo Francis)

Mas uma parte do cardápio dessa primeira edição do arraial traz sabores diferentes. O bancário Claudio Rocha, de 42 anos, que há seis meses largou tudo para ter sua loja de saltenhas estreou na festa junina com versão vegetariana do salgado, feito com jaca. Mas há opções de carne moída, frango e carne de sol, a R$ 5,00 cada. “A ideia da festa é manter as lembranças das festas juninas, mas com um cardápio variado. Hoje a clientela de festas é formada por todo tipo de público”, diz ele.

O empresário Jader Padilha, de 50 anos, diz não era do tipo que se encaixava em todas as festas juninas, mas na noite de ontem estreou feliz. “Morei 14 anos e, São Paulo e o nível de estresse me fez chegar no limite. Hoje, vivo em Campo Grande feliz e estar na festa junina é muito bacana”. Além de curtir, ele estava lá por outro motivo: vender. Com dois carrinhos, ele oferece picolé detox a R$ 4,00 com sabores de abacaxi com hortelã, melancia com limão, beterraba com cenoura e maracujá com manga, todos sem açúcar e conservantes.

Também tem sobá, que na noite de ontem não deu para quem quis. Antes mesmo do show acabar, a barraquinha que anunciava “sobá pantaneiro” a R$ 10,00 viu o prato acabar rapinho. O diferencial, segundo o dono, é o caldo produzido com costela.

Marli diz ser apaixonada por festa junina desde pequena. (Foto: Paulo Francis)
Elaine também torce para que festa continue. (Foto: Paulo Francis)

A artesã Marli Sanchik, de 65 anos, diz ser daquelas que contam as horas no relógio para curtir a folia junina. “Participo e me divirto com festas juninas. Diria que desde muito pequena”, diz. Mas ela torce para o que o evento não seja esquecido. “Não pode ser apenas uma edição, a gente torce para que ano que vem tenha de novo. Eu achei maravilhoso trazer a festa para o parque”.

O evento provou mais uma vez que no fundo, no fundo, todo mundo ama uma festa, mas sente falta mesmo é de eventos gratuito, mais acessíveis a população. Elaine Montanha, de 51, também foi a festa junina para curtir e vender artesanatos pela primeira vez e ficou animada com a organização. “Está tudo como planejado. E o mais bacana é a diversidade cultural. Ao invés de só ter forró, vamos curtir muita música diferente até o final da festa”.

No primeiro dia a festa não lotou, talvez, porque boa parte não imaginava um arraial na Concha, mas a proposta é ver as bandeirinhas sendo penduradas nos próximos anos. “É uma novidade, mas nosso desejo é continuar criando movimentos com essa diversidade e que reúna a economia criativa”, diz Soraia Ferreira, gerente de difusão da Fundação de Cultura.

De modo geral a festa foi bem organizada. Tem mesas e cadeiras dispostas para o público. Boa parte das barraquinhas também aceitam cartões, embora o sinal de telefonia seja terrível no local. Os shows começaram no horário previsto e a festa terminou pontualmente às 22h.

Único problema para quem resolveu comer foi a falta de lixeiras. As mesas só ficaram limpas porque uma das participantes que vendia comida trouxe um saco plástico de casa, e recolheu o lixo para que o público pudesse aproveitar as mesas até o final da festa.

Festa foi na Concha Acústica Helena Meirelles. (Foto: Paulo Francis)

Programação - Neste sábado (29) é a vez do músico e compositor Gideão Dias, a cantora Juci Ibanez e a bateria da Escola de Samba Vila Carvalho animarem o Arraial da Concha. Os shows começam às 18h.

Amanhã, domingo (30), a Chama Campeira, o Grupo Uirapuru e Canto Guarany tocam vaneira e chamamé, com clássicos dos dois estilos. As apresentações também começam as 18h.

Mas a festa não termina neste domingo. O arraial continua nos próximos fins de semana até o dia 21 de julho, sempre com entrada gratuita.

A Concha Acústica Helena Meirelles fica no Parque das Nações indígenas, na Rua Antônio Maria Coelho, 6000. Informações no telefone 3314-2030.

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