Diversão

Com barulho sem censura, CLC quer ocupar espaço deixado por Parque de Exposições

Ângela Kempfer | 19/10/2011 12:32
MOntagem de camarotes para Rodeio 8 Segundos.
MOntagem de camarotes para Rodeio 8 Segundos.

Na área de 100 hectares, 3 sócios começam a montar estrutura para até o fim do ano receber público de 60 mil pessoas.

Com o embargo que proibiu shows no parque mais tradicional de Campo Grande – o Laucídio Coelho, agora o CLC tenta ocupar o vácuo e se transformar no point da turma do chapéu e fivela.

O Parque do Peão CLC (Circuito de Laço Comprido) tem como vizinhos os músicos João Bosco e Vinícius, donos de uma dos ranchos da região. É um descampado, a 12 quilômetros do centro da cidade, depois do campus da UCDB.

Ainda fica em estrada de terra batida, não tem aparato para conforto de quem frequenta, mas a certeza de que Campo Grande precisa de um espaço para o barulho, sem censura, faz os donos investirem.

O próximo evento é montado para abertura amanhã: o Rodeio 8 Segundos. A expectativa de público é de 35 mil pessoas, ainda é bem menor que a prevista para ser alcançada até o fim deste ano.

De aluguel, os organizadores do evento nacional pagaram R$ 35 mil ao CLC e a contrapartida dos donos é a construção de guarita e melhoria na área de camping onde os peões vão ficar.

“A ideia era comprar a área 3 anos depois, mas a decisão da Justiça contra shows no Parque de Exposições Laucídio Coelho adiantou os planos”, lembra um dos proprietários, Eduardo "Zóio".

Com os amigos Juliano Arcas e Abelds "Pitiço" o trabalho começou em dezembro do ano passado. Em uma terça-feira de muita poeira no CLC, Zóio (como é conhecido) não só acompanha como coloca a mão na terra para ajudar nos preparativos para o 8 Segundos. “Estamos fazendo e acontecendo ao mesmo tempo”, brinca o empresário.

As primeiras competições foram de Laço Comprido, com 10 etapas este ano. Em cada fase, o público chegou a 15 mil pessoas. Antes, quem participava dessas disputas usava um dos 70 ranchos espalhados por Campo Grande.

No Estado que hoje é o nome mais forte da música sertaneja, Zoio aposta no rodeio como mais um produto que pode levar Mato Grosso do Sul a ficar conhecido lá fora, mas desde que a mentalidade dos patrocinadores mude bastante.

Em Barreto, os peões de Mato Grosso do Sul ficaram em 3 lugar na disputa em equipes, resultado de investimentos pontuais, a maioria com dinheiro de patrão. “Falta patrocínio permanente, não só em época de competição. Se o governo patrocinar, por exemplo, tenho certeza que vai ter sempre gente de Mato Grosso do Sul com título. Esse esporte é vocação do sul-mato-grossense. Tá no sangue”, avalia Zoio.

O Rodeio 8 Segundo começa amanhã, com provas no período da tarde.

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